domingo, 7 de outubro de 2007

Alimentação e Companheirismo

Por Júlia Rodrigues

Quando o relógio marca 11h, cerca de 184 idosos moradores da região central de São Paulo começam a ficar ansiosos. Graças ao “Apoio Socioalimentar”, parceria entre a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e a Instituição Beneficente Israelita, eles recebem refeições em casa de segunda à sexta-feira.

As refeições são entregues entre as 11h e as 14h. E não é só pelo sabor da comida ou pela variedade do cardápio que os idosos aguardam. Eles esperam com muita ansiedade pelo companheirismo oferecido pelos voluntários que fazem a distribuição das refeições. A visitadora e voluntária Ilza Cardoso, 43 anos, conta que 'Apesar da pressa para entregarmos tudo a tempo, não é só deixar a comida e ir embora. Sempre dou um sorriso ou uma palavrinha de carinho'.

Essa palavra de carinho faz a diferença para as pessoas visitadas. José Waldir Santos Moraes, 76 anos, que mora sozinho na Barra Funda conta que desde que perdeu a mulher e os dois filhos, não se alimenta direito, pois além de não ter vontade, não tem talento com as panelas. José revela que até as duas gatas que moram com ele se agitam quando os voluntários chegam.

O projeto teve início em 2003 e foi ampliando-se. O custo para manter os idosos chega a R$ 179 mensais. A secretaria espera expandir o programa pra a Mooca, zona leste, ainda este ano. Entre os critérios para participar do projeto estão a situação financeira e os problemas de saúde do idoso.

Fonte: Estadão

Quanto vale sua ação?

Por Paula Ramos

Explicar o que é trabalho voluntário é fácil. Disseminar as inúmeras ações que ocorrem pelo Brasil afora também é fácil. Difícil é medir o quanto vale uma ação voluntária ou o grau de importância disso para uma criança ou para um idoso.

Não sei se existem estatísticas ou números que representem isso, mas sei que se existir não significa nada.

A meu ver, a preciosidade do que um voluntário faz está no que ele irá receber: um sorriso, um abraço, uma lágrima. Isso sim é o verdadeiro valor de um trabalho voluntário. Porque são atitudes assim que enchem o coração de um voluntário de alegria e satisfação. O valor dessas ações só podem ser medidas por que as executa e por quem as recebe.

A sociedade se preocupa muito em divulgar que ações assim são necessárias para que o futuro do País mude e para que as diferenças sociais diminuam. Mas na hora de ajudar são poucos os que estão dispostos a se sacrificar. Por isso ínsito mais uma vez que só os envolvidos diretamente no trabalhão voluntário é que podem palpitar sobre a sua importância e valor.

sábado, 6 de outubro de 2007

12º Dia Global do Voluntariado

Por Natascha Ariceto

Uma iniciativa da Prudential Financial, empresa de seguros de vida, reúne mais de 32 mil pessoas em diferentes países na festa de promoção e incentivo ao trabalho voluntário. “É uma iniciativa que há mais de dez anos tem emocionado e encantado a todos que participam. Saímos sempre melhores”, disse Bill Yates, presidente da Prudential do Brasil, em matéria publicada no Portal do Voluntário.

Realizado pela primeira vez em 28 de outubro de 1995, o Dia Global contou na época com 5 mil funcionários que participaram de 100 projetos sociais. Atualmente ela é tão grande que atinge outros continentes além do norte americano, onde fica a sede da empresa.

É de uma mobilização assim que o Brasil precisa. Segundo o site Voluntários, estima-se que 54% dos jovens no país queiram participar de projetos, mas não sabem sequer como começar. Já nos Estados Unidos, 64% dos adolescentes são voluntários, contra 7% brasileiros.

Outro número curioso está relacionado ao valor de contribuições. De acordo com dados do Imposto de renda, dentre os 5 milhões pagantes apenas 23 reais por ano é destinado a doações. Não podemos comparar essa quantia com outros países, pois sabemos da condição financeira do povo brasileiro. Mas é pouco e falta divulgação.

Fonte:

Estatíscas do site Voluntários

Portal do Voluntário

Pseudo revolução

Por Vinícius Souto

Luci Praun, mestre em sociologia pela Unicamp, não acredita na legitimidade do trabalho voluntário da maneira como está constituído. Afirma que é mais uma forma de “acalmar consciências intranqüilas”.

Na sua opinião, poucas pessoas são voluntárias porque acreditam na proposta social de melhorar outras vidas. Afirmou que a maioria busca esse tipo de ocupação pela “pressão” que sofrem de empresas e da mídia. “Querem melhorar o currículo, conseguir um emprego fixo”.

A professora não descarta a possibilidade de o trabalho voluntário ser um mecanismo de exploração social. “Alguém vai, produz e tem a falsa sensação de conforto num mundo desconfortável”. Explica, ainda, que a ação não tem nada de revolucionária, pois não muda efetivamente a estrutura.

O emprego de dinheiro público pelas ONGs é outro fator que causa descontentamento em Luci. “Por que o próprio Estado não investe na educação, em assistência? Há um grande fluxo de dinheiro mal aproveitado”.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

"Enquanto houver amor, haverá voluntários"

Por Débora Alfano

Em uma de suas entrevistas semanais, o Itaú Voluntário, aqui já citado, mostrou a expêriencia de um voluntário que é deficiente auditivo e ensina LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais.
“Todas as pessoas que têm contato com surdos procuram o curso: pais , amigos de surdos, profissionais, etc", diz Paulo Pedro, que ensina essa língua há 17 anos.

Ele conta que decidiu se tornar um voluntário quando fez sua primeira corrida no Rio, em 1998. Levava água para dar de beber aos atletas que estavam esgotados e sempre recebia agradecimentos calorosos na chegada. “Assim, foi nascendo em mim um espírito de voluntário porque sentia uma vontade enorme em ajudar as pessoas. E até hoje é assim no meu trabalho”,diz.

Além desse trabalho, no seu perfil também constam outras duas ações desenvolvidas por ele, a Equipe de Deficientes e Corrida dos Surdos. Esses eventos arrecadam alimentos e divulgam a cultura Surda , sem contar o importante papel de inclusão social que exercem.

Paulo Pedro é um bom exemplo a ser seguido. Finaliza a entrevista dizendo que os voluntários são pessoas que amam. “Enquanto existir amor, também existirá voluntários. Só poderemos mudar o mundo fazendo o bem."

Para conferir a entrevista na íntegra acesse: www.ivoluntarios.org.br/site/pagina.php?idconteudo=844

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Lutando por solidariedade

Por Henrique Cabral Rodriguez

Retirar jovens das ruas e lhes dar disciplina através da luta. Esse é o objetivo do projeto Operação Kick Boxing, que é coordenado pela FEBAM, Federação Baiana de Artes Marciais e Esportes de Combate.

O projeto, que funciona no Colégio Duque de Caxias e na Escola Divino Mestre, ambos em Salvador, visa tirar adolescentes, crianças e até mesmo adultos das ruas e lhes dar apoio social e disciplina através do ensinamento do Kick Boxing.

A iniciativa também visa dar oportunidade dos formados exercerem uma profissão, ou até mesmo se profissionalizar nas artes marciais. Outro objetivo do projeto é dar valores morais aos beneficiados, através do que prega a filosofia das artes marciais: disciplina, determinação, respeito, honra, solidariedade, união e fraternidade.

O idealizador do projeto é o professor de Kick Boxing Uanderson Carvalho, que é faixa preta na arte marcial. Os outros professores do projeto são todos voluntários e alguns são formados pelo professor Uanderson. Iniciativas como essa integram a sociedade carente do local e são cada vez mais necessárias para integrarem o Brasil todo.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Ajuda de outro mundo

Por Leandro Carneiro

As Casas André Luiz é uma instituição sem fins lucrativos e se dedica há 56 anos ao atendimento a pacientes portadores de deficiência mental e múltipla. Nos dias atuais, a instituição atende 630 pacientes internos e mais 800 em sistema ambulatorial.

A história da instituição se iniciou em torno de João Castardelli, que viveu apenas 23 anos, de 1920 até 1943. Fiel seguidor do Espiritimos, Castardelli sempre reuniu pessoas em sua casa para realizar um Evangelho no lar.

João um ano após sua morte começou a se manifestar nas reuniões que antigamente participava e seu Pai, o senhor José Castardelli, após as manifestações de seu filho, resolveu construir o Centro Espírita Nosso Lar e começaram a fazer reuniões abertas ao público.

No fim do ano de 1954, a casa começou a receber agasalhos, alimentos e outros artigos de uso pessoal para pessoas carentes. E após 4 anos, foi fundada a primeira Casa André Luiz com o objetivo de receber crianças órfãs.

E nessas pequenas atitudes que vemos grandes projetos crescerem. Uma pequena ajuda voluntária hoje, pode trazer milhões de sorrisos amanha.

Para mais informações: Casas André Luiz

Um incentivo à vida

Por Daniele Caldeira

“Não é alguém que faz ou diz o que os portadores do HIV/AIDS precisam ou têm que fazer. São os próprios soropositivos que participam e tomam as decisões de suas vidas." Esse é a marca do GIV, Grupo de Incentivo à Vida, uma entidade que ajuda as pessoas com sorologia positiva ao HIV e que tem como principal objetivo propiciar melhor qualidade de vida, tanto no âmbito social como da saúde física e mental, a toda pessoa portadora do HIV/AIDS.

O grupo desenvolve-se através do trabalho voluntário. Os primeiros voluntários eram os próprios soropositivos que se dividiam na organização. Com o crescimento da entidade, voluntários sem HIV foram fazendo parte. Hoje, o grupo de voluntários não é identificado pela sorologia, mas pelo comprometimento que há com a instituição. Existe um quadro de voluntários com compromisso e solidariedade, que manifestam na prática cotidiana o melhor que os seres humanos podem oferecer aos outros e à vida.

Ajudar o grupo não é complicado e não exige muito esforço. As pessoas fazer doações de alimentos não perecíveis, produtos de limpeza, cartuchos vazios de toner ou qualquer tipo de objeto que esteja em perfeito estado de uso. O GIV encontra-se na Rua Capitão Cavalcanti, 145, Vila Mariana, São Paulo.

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Banco Solidário

Por Danilo Lavieri Ribeiro

Ser voluntário é responder a um impulso humano básico: ajudar, colaborar, compartilhar com o próximo. Compaixão e solidariedade são sentimentos que estão dentro de cada um de nós, além de serem virtudes de um belo cidadão.

Preocupar-se com o próximo, é preocupar-se com o bem estar social de uma comunidade em geral. Ajudar é essencial, pelos benefícios que traz para o próprio voluntário, para as pessoas com quem o voluntário se relaciona, para a comunidade e a sociedade como um todo, é que o voluntariado merece ser valorizado, apoiado, divulgado e fortalecido.

Neste campo, atua o Itaú Voluntário. No site oficial da campanha, textos explicam o que é ser voluntário, como ser voluntário, o que esperar de um voluntário e seus benefícios. Além disso, conta com entrevistas de voluntários e mostra projetos de pessoas que atuam nessa área.

Dia 5 de dezembro, é o dia internacional do Voluntário. A data ainda está longe, mas a necessidade de sua ação está perto, do seu lado, agora. Mexa-se e seja mais um voluntário que colabora para um futuro melhor no Brasil.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Somente pela satisfação de ajudar

Por Everson Garcia

Deivid William Pires, hoje com 22 anos, descobriu em 2005 que poderia ajudar a comunidade da Vila Helena em Sorocaba sendo professor voluntário na escola Francisco Camargo César nos finais de semana.

JV: Quando e como você começou a ser voluntário?
Deivid: Comecei em 2005 como professor de exatas, depois passei a ser professor de ensino técnico. Na época estava fazendo o cursinho na escola para prestar vestibular e surgiu a oportunidade de dar aula, gostei da idéia, me interessei e me propus a ser voluntário.

JV: Como que é organizado o projeto da escola?
Deivid: Tem sempre um educador formado na coordenação, ele é responsável por elaborar um plano anual. O projeto é uma idealização pública do governo municipal e não tem nenhum apoio privado.

JV: Há alguma remuneração para quem trabalha no projeto?
Deivid: Os voluntários não ganham nada, Os Universitário ganham bolsa integral e alguns educadores recebem ajuda de custo.

JV: Qual o objetivo principal do projeto?
Deivid: Integrar a comunidade em um local na qual possam ter lazer com várias atividades e também formar os jovens por meio de alguns projetos profissionalizantes.

JV: Para você o que é ser voluntário?
Deivid: Voluntário é uma pessoa que dispõe de um talento e o oferece para a comunidade sem ter interrese próprio, somente a satisfação de se doar. O que guardo comigo dos trabalhos voluntários que realizo é a satisfação de ser útil a alguém que precisa. Quando você ajuda as pessoas, Você sente uma alegria diferente.

domingo, 30 de setembro de 2007

Festa da Solidariedade

Por Júlia Rodrigues

A associação “Viva e Deixe Viver” juntamente com a Capelania do Hospital Emílio Ribas organizou ontem uma festa do “Dia das Crianças” para as crianças que estão em tratamento no hospital.

Durante a festa as crianças podiam enfeitar o cabelo, pintar o rosto e pegar esculturas feitas com bexiga. Uma das barracas de mais sucesso da festa foi a da “Fotografia”. Os voluntários tiraram fotos da última festa (Festa da Páscoa) e deixaram as fotografias à mostra, a criança que conseguisse se achar em alguma foto ganhava esta como presente. O evento contou também com um sarau, onde diversos voluntários contaram suas histórias e garantiram o sorriso da criançada. Uma palestra sobre reciclagem alertou os participantes sobre a importância da reciclagem dos alimentos.

A associação e a Capelania do hospital promovem três festas durante o ano: Festa da Páscoa, Dia das Crianças e Natal. Todas acontecem nas dependências do Hospital Emílio Ribas. Quem tiver interesse em ajudar pode pegar mais informações no site: www.vivaedeixeviver.org.br

Amigos da Escola


O Amigos da Escola, projeto criado pela Rede Globo, é uns dos programas de trabalho voluntário mais conhecido do Brasil, seja pela forte divulgação ou pela eficiência. Seu objetivo é contribuir com o fortalecimento da escola pública de educação básica por meio do trabalho voluntário e da ação solidária. Milhares de crianças são beneficiadas por esse programa todos os anos.

O que me chama a atenção é a dimensão que ele atinge a facilidade com que as pessoas se filiam ao projeto. Uma das respostas que encontro deve-se ao fato dele ser da Rede Globo, o maior canal de TV do Brasil e que exerce um poder de influência enorme na população. Sem falar da divulgação do Amigos da Escola, é fácil se interessar por algo que está constantemente na mídia como uma coisa positiva.

Gostaria que assim como o Amigos da Escola diversos outros grupos de trabalho voluntário tivesse a oportunidade de fazer sua divulgação gratuita na Rede Globo, pois assim a emissora estaria ajudando indiretamente milhares de necessitados.


Para saber mais do Amigos da Escola clique aqui http://www.amigosdaescola.com.br/

sábado, 29 de setembro de 2007

Trabalho com criança é coisa séria


Por Natascha Ariceto

Fundada em 1950, a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) conta com voluntários em diversas áreas de sua equipe. O objetivo principal é o tratamento, atendimento, educação e reabilitação de crianças e adolescentes com deficiência física, procurando reintegrá-los a sociedade.

Em muitos anos de existência o trabalho voluntário na empresa cresceu. E com tanta evolução, em 2000, o grupo da AACD recebeu o prêmio da Kanitz Associados por estar entre as dez equipes com maior numero de “ajudantes” no Brasil. Atualmente, somam-se cerca de 1.500 voluntários entre as unidades de São Paulo, Recife, Porto Alegre e Minas Gerais.

Em seu site encontramos a descrição e pré-requisitos para ingressar no trabalho com as crianças. O mais importante é que fica bem claro que o voluntariado não estabelece vínculo empregatício e não é uma coisa boba. Uma vez integrado ao grupo, através de uma dinâmica de seleção, o “escolhido” passa por um curso de formação do trabalho voluntário e, em seguida, por um treinamento no setor que vai ajudar.

Se você acha que está apto e preenche as características acima, pode fazer o seu cadastro e aguardar a disponibilidade de vaga.

Foto:
http://www.teleton.org.br/fundopro_aacd/images/logo_aacd.gif

“O voluntariado contribuiu para minha escolha vocacional”

Por Vinícius Souto

Everson Garcia no alto de seus 29 anos tem a vida marcada por ações voluntárias. Começou aos 16 em Sorocaba. Nos fins de semana, ia até o Asilo São Vicente de Paulo colaborar com atividades de animação para os idosos. O Jovens Unidos em Deus, grupo do qual fazia parte, tocava músicas e organizava jogos.

Outra ação que marcou foi em Curitiba, 2001. Visitava um hospital infantil com muitas crianças que sofriam de câncer. Além de brincar e divertir as crianças, buscava atrair pessoas dispostas a doar sangue. Everson doou em duas oportunidades, mas, pelo fato de passar mal, não é adepto freqüente da prática, limita-se a incentivar “os que passam bem”.

Num dado momento da entrevista, um sorriso espontâneo estampou-lhe o rosto. Lembrava da Casa da Acolhida, próxima à Paróquia Santa Gema no Jardim Ana Maria, Santo André. Mendigos passavam por lá, a fim de tomar banho, almoçar e conseguir informações sobre como obter documentos. Ou seja, buscavam assistência que certamente não encontravam nas ruas. A função de Everson, era a de “ouvidor”: ouvia histórias e desabafos dos carentes. Ele diz que era engraçada a contradição dos depoimentos. “Um dia ele era casado, no outro, viúvo”.

Explica, ainda, que essa situação se dava pelo fato de serem sempre anônimos. A vida não permite identidade. Muitos deles diziam, ao contrário do que muitos imaginam, que optam por aquela conjuntura por ser uma “vida de liberdade”.

Everson ao refletir sobre sua trajetória solidária, conclui: “o voluntariado contribuiu para minha escolha vocacional”. Ele é frei da Ordem dos Franciscanos.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Bom para cachorro!

Por Débora Alfano


Um projeto em Florianópolis realiza um tipo de trabalho voluntário que cuida de um “público” diferente: cães abandonados. Eles recebem tratamento e são colocados para a adoção.

O “cão-terapia” como é chamado, foi idéia da arquiteta Ana Lúcia Martendal, voluntária da Coordenadoria de Bem-Estar Animal. Essa entidade é responsável por recolher filhotes abandonados, cães atropelados e vítimas de maus- tratos.

Os animais são recolhidos e levados para o canil municipal, onde são limpos, castrados e alimentados. Esse lugar, seria provisório onde os cães ficariam até serem adotados. Mas, como não há divulgação do processo de adoção, muitos bichos permanecem no canil por muito tempo.

Com o projeto, voluntários podem levar os animais para passear ou ainda levá-los para casa para passar o fim de semana, devolvendo-os na segunda-feira.

As consequências positivas são perceptíveis. Alguns animais que eram isolados e chegavam até a desenvolver doenças devido à esse afastamento, demonstraram vitalidade, de acordo com os funcionários da coordenadoria. O que lhes faltava era carinho.







quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Socorro!

Por Henrique Cabral

O Corpo de Socorristas do Brasil (CSB) é uma ONG que existe há 16 anos e estáespalhada por todo o Brasil. O CSB visa ensinar, propagar e divulgar a prática dos primeiros socorros no país. O grande objetivo é dar instruções aos leigos de como ajudar em possíveis calamidades e/ou catástrofes.

Além disso, o projeto do CSB também fornece atividades que nada tem a ver com os primeiros socorros, como aulas de computação, digitação, noções de direito, deveres e direitos de um cidadão, etiqueta social, civismo, mecânica, eletricidade, língua portuguesa, matemática e outros.
No quadro de voluntários apresenta-se uma grande variedade de profissionais, que vão desde educadores até bombeiros, além de engenheiros, médicos, enfermeiros, advogados e até mesmo militares.

Talvez, se mais iniciativas como essa fossem tomadas não só no Brasil como por todo o mundo, desastres como o terremoto que aconteceu recentemente no Peru tivessem um número muito maior de sobreviventes. É isso que o CSB faz, prepara para a vida e para salvar vidas.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Muito mais que um ídolo no esporte

Por Leandro Carneiro

Um ídolo brasileiro. O maior piloto do automobilismo do Brasil. Esse era Ayrton Senna (foto à direita). Atualmente esse grande esportista de nosso país dá o nome a um dos maiores institutos de trabalho voluntário. Trata-se do Instituto Ayrton Senna.

O trabalho da instituição é fruto do sonho do piloto brasileiro. Senna que em toda sua vida levava consigo a frase. "Se a gente quiser modificar alguma coisa, é pelas crianças que devemos começar, por meio da educação". Alguns meses após sua morte, a família do ídolo começou a tomar as providencias para criar o projeto.


A fundação deu-se em novembro de 1994 e desde então é presidida pela irmã do piloto, Viviane Senna (foto à direita). O principal objetivo do trabalho é criar oportunidades de desenvolvimento humano a crianças e jovens brasileiros, em cooperação com empresas, governos, prefeituras, escolas, universidades e ONGs.

Em seus 13 anos de história, a instituição ajudou 7.896.146 crianças e jovens, transformou a vida delas. Neste ano, o auxílio já atingiu cerca de 1.350.532 beneficiados.

O instituto acredita muito na transformação de nosso país, com união entre organismos governamentais, empresas e organizações da sociedade civil. Através dessa junção pretende o desenvolvimento de políticas públicas que favoreçam as crianças, que são o futuro do país.

Fotos:

http://senna.globo.com/institutoayrtonsenna/imagens/interna_nova/comum/logo_interno.gif

http://www.fotogarrafa.com.br/fotoarquivos/200410/pD20041014%20130506_tunel_viviane%20senna%20copy.jpg

Lutando pela vida

Por Daniele Caldeira

Além dos projetos AMMOR e CACCC citados anteriormente, que ajudam na prevenção do câncer, há também o INCAvoluntário. O instituto tem como objetivo apoiar ações do INCA (Instituto Nacional de Câncer) junto à comunidade, na assistência e prevenção da doença. Ações educativas e recreativas são desenvolvidas aos pacientes, familiares e pessoas da comunidade.

A primeira associação de voluntários do INCA foi criada na década de 80, a AMINCA - Associação dos Amigos do Instituto Nacional de Câncer começou a dar apoio aos pacientes com carências materiais e afetivas.

Em novembro de 1996, o NAV - Núcleo de Acompanhamento do Voluntariado do INCA foi fundado e adotou a regulamentação jurídica de todos os grupos, formalizando assim o trabalho voluntário no INCA. E depois, em dezembro de 2001, o NAV foi transformado em Área de Projetos Sociais e Voluntariado – INCAvoluntário.

Para se tornar um voluntário do INCA é necessário dedicar amor ao próximo, ter mais de 21 anos, ter quatro horas semanais durante o dia e comparecer às reuniões de reciclagem e treinamento mensais. É preciso também que o voluntário do INCA tenha amadurecimento emocional e psicológico para enfrentar a realidade de uma instituição que trata de algo tão sério, o câncer.


Foto: www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=257

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Ensine a pescar, não dê o peixe

Por Danilo Lavieri Ribeiro


O Voluntariado é um dos meios mais importantes de ajudar os que mais necessitam. Para isso existem inúmeros projetos. Um deles é o “Projeto Arrastão”. Sua missão é, como diz no próprio site, “formar cidadãos capazes de transformar a realidade e o meio em que vivem sempre considerando o espírito de coletivo de não dar o peixe, mas ensinar a pescar.”

Como toda organização voluntária, o “Projeto Arrastão”, que foi criada em 1968, não tem fins lucrativos. O alvo do planejamento é os bairros da zona sul de São Paulo, como Jardim Maria Sampaio, Jardim Helga, Jardim Ângela, Valo Velho, Capão Redondo, além dos municípios de Taboão da Serra e Embu das Artes. Nestes lugares, cerca de 1200 atendimentos são realizados diariamente.

Esse plano atua na área da educação, cultura e desenvolvimento pessoal. Para isso, está sempre aberto para receber os voluntários que possam ajudar. No site da instituição, as devidas instruções de como ser um deles são dadas.

É importante lembrar que ser voluntário é importante, mas é apenas um dos passos necessários para uma melhor convivência. Não adianta ser voluntário e não ter compromisso com sua ação, com a sociedade, com o próximo.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Levando alegria aos velhinhos

Por Everson Garcia

O Lar São Vicente de Paulo de Sorocaba é uma obra dos vicentinos, grupo de ação social pertencente à Igreja Católica. O asilo foi fundado em 1896 e atende cerca de 130 idosos, na maioria carentes e sem família.

Principalmente nos finais de semana, a instituição é aberta aos visitantes e aos voluntários. Um deles é o senhor Antônio Alves de Oliveira, 64, motorista aposentado, com quem conversamos.

JV - Quanto tempo o senhor faz este trabalho?
Antônio - Há mais de vinte anos. Vim pela primeira vez para visitar um primo. Passei a conhecer seus companheiros de quarto, depois os amigos da recreação, hoje conheço o asilo inteiro. Naquele tempo pensava que qualquer um deles poderia ser meu pai, hoje penso que poderia ser eu (risos)!

JV - Que tipo de atividades o senhor desenvolve aqui?
Antônio - De início apenas visitava os "vôzinhos" (modo carinhoso de chamar os internos), depois comecei animar a recreação dos finais de semana tocando moda de viola, organizando bingo, baile e outras diversões.

JV - Quantos voluntários ajudam o senhor neste serviço?
Antônio - Com compromisso fixo, hoje, somos cerca de 30 que revezamos os finais de semana do mês, porém têm muitos que os visitam aleatoriamente.

JV - Na sua visão qual é a maior dificuldade dos internos?
Antônio - Por mais que eles sejam bem cuidados aqui, eles sofrem muito pela ausência de familiares e o sentimento de solidão.

Imagens:
www.paroquiadivino.org.br
www.cilisboa.org
www.monicaramalho.com.br

domingo, 23 de setembro de 2007

Anjos da vida

Por Júlia Rodrigues

“Ao parar no semáforo da Rua Amaral Gurgel, fui abordado por um senhor, de aproximadamente 60 anos, que vestia apenas uma camiseta e uma bermuda. Fiquei chocada, pois fazia muito frio, então resolvi parar o carro e ajudá-lo, pois tinha algumas roupas no carro e resolvi doar. Depois de trocar a roupa molhada, incluindo sapatos, esse Senhor olhou-me nos olhos e disse-me:
‘VOCÊ É UM ANJO DA NOITE’”.

Há 18 anos essa história aconteceu com Kaka, fundador do grupo “Anjos da Noite”. Desde então o grupo vai às ruas distribuir alimentos, roupas e cobertores aos mendigos. O grupo também conta com o “Espaço de Auxílio ao Morador de Rua”, nesse espaço os moradores têm acesso a chuveiros com água quente, vestuários, produtos de higiene pessoal, tratamento médico e cursos profissionalizantes.

Apesar do “Anjos da Noite” ajudar a muitos moradores de rua, o grupo ainda precisa muito de donativos e novos voluntários. Os donativos podem ser em dinheiro, alimentos não-perecíveis, roupas e cobertores. Para ser voluntário basta acompanhar o grupo a partir das 22h dos sábados. Mais informações no site www.anjosdanoite.org.br


Fonte: www.anjosdanoite.org.br

sábado, 22 de setembro de 2007

Coração de pedra

Por Vinícius Souto

“Devido a falta de patrocinador não teremos a premiação de 2007. Acreditamos que em breve acharemos a solução, pois estamos em negociação. Assim que fecharmos o patrocínio, entraremos em contato com as entidades”.

O comunicado refere-se ao Prêmio Bem Eficiente 2007, que é concedido a centros filantrópicos pela qualidade dos serviços e projetos desenvolvidos no campo social. São cinqüenta as entidades premiadas por produzirem o bem, serem transparentes no emprego dos recursos em prol dos necessitados e atraírem voluntários com a intenção de minimizar as dificuldades de pessoas carentes.

Mas por que não há patrocinador? Um prêmio que contempla grandes iniciativas não merece apoio de empresas? Merece. O fato explica-se pela falta de apelo de marketing, da imprensa, financeiro. Mostra o quão importante é para uma empresa ter responsabilidade social.

O capital investido na dignidade humana não é rentável. O retorno não é imediato. Investir na melhora da sociedade não é tão interessante quanto investir num evento tomado por lindas mulheres, carros, status, como por exemplo, o Salão do Automóvel.

Resta aos que precisam de ajuda contar com a boa vontade dos detentores de pequeno capital, mas de grande coração. E lamentar por aqueles que poderiam contribuir e não o fazem; aqui, o coração é uma grande pedra.

Dança, comunidade!

Por Natascha Ariceto

Tudo começou com um trabalho voluntário. Hoje o terapeuta corporal e coreógrafo Ivaldo Bertazzo, 57 anos, comanda um projeto social de dança. Bailarino desde os 17 anos, se especializou em expressão corporal aos 20 anos. Em quase 40 anos de carreira, o que era para ser diversão e ajuda ao próximo tornou-se profissão.

“O projeto Dança Comunidade começou no Sesc Belenzinho. O grupo de adolescente vai de 13 a 17 anos. O de adulto vai dos 18 até a terceira idade”, explica o coreógrafo em entrevista dada ao portal Podcyrela.

Quatro anos depois de iniciado os ensaios na periferia de São Paulo, o grupo de adolescentes carentes vai ao Ibirapuera se apresentar no espetáculo “Mar de gente”. Em reportagem ao jornal SP TV da rede globo, Ivaldo explica que além da intenção de profissionalizar os bailarinos abrindo as portas para o mercado de trabalho, a dança é um cuidado a mais com o corpo.

As diferenças da espécie humana são tema da apresentação. “Mar de gente” pode ser visto no auditório do Ibirapuera até este domingo e o ingresso custa 30 reais.


fotos:
http://sptv.globo.com/Sptv/0,19125,LPO0-6146-20070921-302585,00.html

http://www.podcyrela.com.br/entrevistas/ivaldo-bertazzo/

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Voluntário por interesse

Por Paula Ramos

Dando seqüência às matérias de trabalho voluntário no exterior, o Jornal do Voluntário conversou com o jornalista Aloísio Hildenchi, 28 anos, que passou 1 ano nos Estados Unidos, trabalhando gratuitamente em uma instituição de crianças com síndrome de down.

“Ajudar no Brasil já é difícil, imagine em um país em que você não conhece ninguém”, afirma o jornalista, explicando ainda que foi para os EUA para aprender inglês e como não tinha dinheiro, arranjou como solução ajudar essa instituição, pois lá recebia alimentação e moradia.

Ao me confrontar com esse depoimento, me questionei sobre algumas coisas. Ajudar os mais necessitados seja ele brasileiro ou não sempre é uma atitude digna de reconhecimento, porém usar isso como desculpa para sobreviver em um lugar desconhecido, para mim é totalmente inaceitável.

Muitos jovens, assim como Aloísio, ao chegarem no Brasil abandonam o trabalho voluntário e voltam a suas atividades normais, prova que a função exercida no exterior era altamente interesseira. Creio que atitudes como essa são freqüentes entre as pessoas que almejam morar no exterior.

Resta saber se a solidariedade interesseira é tão aceitável e boa como a que é feita de coração.

Que tal voluntariar no exterior?

Por Débora Alfano

"Trabalho voluntário” constado no currículo, não só o valoriza, como, às vezes, pode até ser pré-requisito para a contratação. Agora imagine unir a esse, o domínio de outro idioma, mais uma qualificação exigida no mercado de trabalho. Pois esses são alguns dos benefícios gerados pelo voluntariado no exterior.

Há agências de intercâmbio no Brasil que oferecem pacotes para quem se interessar por esse tipo de trabalho. Áreas da saúde, educação, agricultura e comunicação, são algumas das opções oferecidas para que o voluntário possa escolher onde atuar. E as ações desenvolvidas em cada área vão desde preservação ambiental até tratamento de deficientes, portadores do vírus HIV e crianças carentes.

Os destinos são diversos ( Espanha, Inglaterra, África do Sul, etc) e os programas solicitam apenas uma taxa de inscrição que pode, ou não, incluir aulas do idioma no pacote.

Esse tipo de voluntariado traz valor cultural e experiência de vida e em outros idiomas, o que possibilta maiores oportunidades de emprego. Além de disponibilizar auxílio a quem precisa, cumprindo, assim, seu importante valor social.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

AMMOR no coração

Por Henrique Cabral Rodriguez

Prevenção, atendimento médico, educação sexual, orientação sobre drogas, ensinamento de valores como honestidade e direitos humanos. Esses são alguns dos benefícios que o projeto AMMOR traz a garotos e garotas de rua. Com um lema em mente, “educar para a vida através da saúde”, a médica holandesa Dra. Irene Adams, idealizadora do projeto cuida das crianças como ninguém.

O projeto AMMOR surgiu após o fechamento de um antigo projeto da Dra. Irene, a Clínica Nossa Senhora da Conceição, que atendia, totalmente de graça, pacientes com câncer terminal e o vírus da AIDS. Com o final da clínica, os projetos que foram criados a partir dela ficaram sem expectativas de continuação. Foi aí que a Dra. Irene resolveu integrar os projetos da CNSC à Clínica AMMOR.

Além disso, o projeto AMMOR é integrado a diversos outros projetos, como o projeto COMVIDHA, de assessoria jurídica e a Academia de Ginástica Movimento e Saúde. É sempre bom que iniciativas como esses apareçam e consigam dar um pouco mais de dignidade aos excluídos pela vida e comunidade em que vivem.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Gol fora de campo

Por Leandro Carneiro

Dar show em campo era o que a dupla Raí e Leonardo mais sabiam fazer, mas os dois atletas resolveram fazer um verdadeiro “Gol de Letra” fora do gramado. Em 1999, com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e da Kellogs um prédio foi reformado, o qual foi cedido pelo Governo de São Paulo, na zona norte da capital paulista. Esse edifício foi a primeira sede do Instituto Gol de Letra e funciona até hoje.

A missão é contribuir para a formação de crianças. O trabalho é baseado em atividades de arte, educação e esporte. Com mais 2 filias além da sede principal, a Gol de Letra atende cerca de 1500 crianças, adolescentes e jovens.

Outra criação da Fundação é o torneio Gol de Letra de futebol, onde empresas e ex-jogadores participam na arrecadação de bens para a instituição. A final deste ano, em São Paulo será no Morumbi e no Rio, no Maracanã.

Em reportagem feita pela Carta Capital deste ano, onde se destacava a criação do torneio no Rio de Janeiro, Leonardo disse: “Queremos criar uma tradição com a realização do torneiro Gol de Letra aqui no Rio, como acontece em São Paulo. Lá, o evento já custeia 25% do projeto ao longo do ano, além de ser uma opção para as empresas estimularem a confraternização entre diretores e funcionários. O grande sonho de todo fã de futebol é jogar no Maracanã”.


Fotos:

http://www.goldeletra.org.br/secao.17,sm.sm48.aspx

http://www.torneiogoldeletra.org.br/site/album/2º%20torneio%20gol%20de%20letra/index.php

Voluntários da educação

Por Daniele Caldeira

O trabalho voluntário educacional é bastante importante e procurado. Através dele é possível contribuir em escolas, ajudar crianças em disciplinas, colaborar com dinheiro ou apenas doar materiais.

O Brasileirinho é um programa do Riovoluntário e tem como objetivo melhorar o atendimento de crianças de zero a quatro anos em creches comunitárias localizadas em comunidades de baixa renda no Rio de Janeiro.

Normalmente as creches são construídas pelos próprios moradores. Pela falta de condições financeiras, são precárias e com condições inadequadas para exercer atividades com crianças. Além disso, os professores e funcionários não têm preparo ou formação para o desempenho de suas funções. Diante deste problema, o Brasileiro desenvolve ações, como reforma do espaço, aquisição de equipamentos, capacitação das educadoras, acompanhamento pedagógico, capacitação dos gestores e assessoria e atividades sócio-educativas com as famílias das crianças.

O Brasileirinho tem parcerias com voluntários, comunidades, empresas públicas e privadas. E os voluntários desenvolvem trabalhos de acordo com suas habilidades, seguindo a proposta pedagógica do Brasileirinho.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

História do Voluntariado

Por Danilo Lavieri Ribeiro

Você sabia que o trabalho voluntário começou com os Portugueses? Sim, no século XVI, quando organizações religiosas introduziram esse tipo de trabalho em instituições ligadas à saúde. Na época, as Santas Casas. O modelo foi cópia de Portugal e durante muito tempo o trabalho foi essencialmente feminino, com rígidos valores morais. As que ajudavam eram conhecidas como Damas Caridosas.

A evolução maior começou na década de 30. O Estado, que na época era comandado por Getúlio Vargas, passou a desenvolver políticas públicas ligadas ao trabalho voluntário. Em 1935, a Lei de Declaração de Utilidade Pública, que regulamente a colaboração do Estado com instituições filantrópicas, foi promulgada.

Desde a década de 90, o voluntariado vem crescendo. Isso devido a demanda e a consciência coletiva que está se criando. Muitas pessoas perceberam que esse é um bom caminho para ajudar ao próximo e ajudar a si mesmo. É importantíssimo para a construção de um futuro melhor, atuarmos no presente, com atitudes, como por exemplo, o voluntariado.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Iniciativa de detento leva dignidade a presídio

Por Everson Garcia

José Ribamar Xavier Martins não é apenas um dos detentos do presídio da cidade de Osvaldo Cruz-SP. Ele encontrou na ajuda aos outros presidiários um sentido para viver os seus dias na cadeia. Para José Ribamar, o fato de estar encarcerado não pode tirar do ser humano sua dignidade. “Procuro lembrar que somos pessoas e não ratos.”

Dentro do presídio, auxilia principalmente os doentes e idosos. “Tem um velhinho de 75 anos que divide a cela comigo, ele depende de mim para tudo, até para ir ao banheiro.”

O tempo que sobra, usa para escrever cartas para sua família que mora em Guarulhos, para a família dos detentos analfabetos ou para pedir ajuda. “Tenho apenas a quarta série, mas aqui já é o suficiente. Escrevo e leio carta para quem não sabe ler. Escrevo também para alguns amigos e igrejas para pedir roupas, papel higiênico, sabonete, barbeador, frauda descartável para adulto.”

José Ribamar faz questão de salientar que seu serviço voluntário não tem segundas intenções. “O que faço não é para reduzir minha pena, porque para ter a pena reduzida basta não fazer nada.”


Este artigo foi escrito com base em uma de suas cartas. Quem quiser conhecer mais sobre José Ribamar e seu trabalho é só escrever para ele:

Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros Km 572-5, Bairro Venda Branca – Osvaldo Cruz – SP. Caixa Postal 427. Cep 17700-000 (MAT. 434048 R6.X8).




Fotos:



domingo, 16 de setembro de 2007

Voluntário sim, escravo não!

Por Júlia Rodrigues

Aos 15 anos decidi ser voluntária em uma escola para crianças com deficiência mental que é mantida pelo estado. Acredito que foi um dos piores erros que já cometi. No começo eu estava adorando, era muito gratificante ver o bem que fazia àquelas crianças, mas depois se tornou um pesadelo.

Como eu amava o que fazia, os diretores da escola perceberam minha boa vontade em ajudar e começaram a me incumbir de outras funções. Foi aí que meu problema começou. A minha intenção era fazer companhia às crianças, mas com o passar do tempo, a última coisa que eu fazia era brincar com elas. Comecei a varrer, lavar a louça e até banheiros!

No início eu não me sentia incomodada em fazer esse tipo de serviço, afinal já que eu estava ali para ajudar, tinha que fazer de tudo. Mas, depois senti que estavam explorando a minha boa vontade e comecei a pesquisar sobre as funções do voluntário. Segundo a ONU, "voluntário é o jovem ou adulto que, devido a seu interesse pessoal e seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividade, organizadas ou não, de bem estar social, ou outros campos..”. Decidi sair daquela escola, pois já não me sentia bem lá.

Tudo que fazemos na nossa vida tem que ser feito com gosto, se o que você estiver fazendo não o agrade, ESQUEÇA! Sua ação voluntária será prejudicial a você e aos que estão a sua volta.


Fonte:

Grupo da Sopa

Por Paula Ramos

O Jornal do Voluntário passou um dia com o Grupo da Sopa para contar a vocês como é a luta semanal de dezenas de voluntários.

São 5h da tarde. Magda Souza Villela Simões chega ao Lar de Idosos Família Vivência Feliz, na avenida Jabaquara, carregando sacolas de legumes entre outros alimentos. Como acontece às quintas-feiras, Magda se reúne a mais de 30 voluntários que começam a preparar as cerca de 200 refeições, que serão entregues a moradores de rua no centro da cidade.

Fundado em 1998, o Grupo da Sopa, hoje, já não tem a sopa como prato principal. Desde 1998, o caldo foi substituído por um cardápio mais consistente: arroz, feijão, carne moída com legumes e polenta. Para beber, suco ou leite.

Para que isso se tornasse possível, além da ajuda voluntária, todo esse alimento é proveniente de doações de pessoas, empresas e entidades. Mas a persistência e a motivação do grupo, foram uns dos principais motivos para que outras pessoas se juntassem à equipe.
Não basta querer só ajudar, é preciso ter uma equipe bem organizada para que empresas, pessoas e instituições também colaborem, fortalecendo o ideal de que só quer ajudar os mais necessitados.

Mais informações:
http://www.grupodasopa.org/

sábado, 15 de setembro de 2007

Encontrar o seu lugar

Por Natascha Ariceto

Nada melhor do que visitar uma instituição e conversar com voluntários para saber o que realmente fazem. Na última quarta-feira, 12, estive na Creche Maria Dolores, ligada ao Centro Espírita Eduardo Monteiro, ambos em São Bernardo do Campo.

Com 125 crianças, a casa conta com voluntários, parcerias e doações para se manter. “Temos colaboração da Marba e do Instituto Salvador Arena (Termomecânica) para alimentos. Mas nossa prioridade hoje são as instalações da casa, como trocar parte elétrica e hidráulica”, explicou a coordenadora pedagógica Juliane Pelissoni Zanata sobre as ajudas.

Para ser voluntário é preciso passar por uma entrevista “além de ter tempo e vontade”, completou.

A Voluntária Ana Maria Ariceto, 43, respondeu às nossas perguntas:

JV - Por que ser voluntária?
Ana - Participava de um grupo de estudos onde todos faziam trabalho social e sentia uma pressão. Mas só fui procurar quando senti que estava preparada e tive muita vontade.
JV - Qual é a recompensa de um voluntário?
Ana - Quando você encontra seu lugar, sente que pode ser útil. Essa é a recompensa, você sabe que esta ajudando alguém.

Contato:

http://www.blogger.com/crechemariadolores@terra.com.br

Não é bem assim

Por Vinícius Souto

O trabalho voluntário certamente não é desconhecido. Mas não se pode afirmar que é uma prática difusa no cotidiano dos cidadãos. O sistema capitalista vigente não é capaz de solidificar a consciência solidária. Imagine quantas pessoas se recusam a “voluntariar” pelo fato de não haver retorno financeiro.

Se existisse remuneração, crianças, velhos, pobres, pretos, brancos teriam uma assistência semanal, diária, “horária”, “minutária”. De melhor qualidade? Não sei. Mas compromissada. Não honrou a função: não ganha o sonhado salário. Infelizmente, a carência é muito maior do que um dinheiro a ser destinado ao voluntariado.

Falta coração, falta consciência social. No Brasil há 180 milhões de habitantes; deixando de lado os que precisam receber o trabalho, sobram muitos outros que são aptos a oferecer. Onde estão? Em todos os lugares. Mas preocupados com o consumo, com o hedonismo, com a vaidade. As pessoas, a vida? Não se mensuram em cifras, por isso, são tão desinteressantes.

O cidadão condicionou-se ao modelo “tarefa realizada–dinheiro recebido”. O trabalho voluntário não é assim. É “tarefa realizada-paz recebida”. Para quê serve a paz? O dinheiro compra, a paz, não. Enquanto isso, as pessoas sofrem, o mundo desiguala ainda mais. Não coma no Mc Dia Feliz pensando estar mudando o mundo. Ponha a mão na massa e chame alguém para acompanhar-te.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Você professor

Por Débora Alfano

Você se lembra da primeira vez que escreveu uma palavra? Se lembra do orgulho que teve, provavelmente na infância, quando começou a construir frases? Hoje, para as pessoas alfabetizadas, escrever tornou-se um ato comum. Mas, infelizmente, no Brasil ainda existem altos índices de analfabetismo, consequência da desigualdade social.

Essa desigualdade nega a jovens e adultos o direito fundamental de expressão. Por isso, há ações voluntárias em programas de melhoria da educação. Esse tipo de voluntariado visa educar e alfabetizar pessoas que têm dificuldade de acesso ao ensino.

Para ensinar a ler e a escrever, não é preciso possuir diplomas, formação acadêmica, muito menos bacharelado. Basta vontade e paciência. Qualquer pessoa alfabetizada que esteja realmente disposta a ajudar pode tornar-se um professor. E posso garantir que acompanhar os resultados do aprendizado que você foi responsável é muito gratificante.
Foto:

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Interaja!

Por Henrique Cabral Rodriguez

O Interact Club é um grupo mundial de adolescentes de 14 a 18 anos de idade que tem como base de sua existência diversos tipos de trabalho social com os mais variados segmentos da população e comunidade aonde vivem.

Interact é a junção das palavras International e Action, formando o nome de um dos mais respeitados grupos de jovens de todo o mundo. O Interact é patrocinado pelo Rotary. Além disso, os rotarianos, que têm de 22 a 35 anos, ainda oferecem apoio e orientação aos jovens do Interact. Esse grupo de jovens teve seu início em Melbourne, na Flórida, em 1962.

O principal objetivo desse grupo é ajudar a sociedade de maneiras simples, porém eficazes, como campanhas, arrastões, doações, visitas a creches e hospitais, e diversas outras formas para melhoras o ambiente e as relações sociais do local que o grupo abrange. Os interactianos, como são conehcidos os membros do Interact, ainda ajudam nos projetos de Intercâmbios para os Jovens e das Bolsas Educacionais, ambos do Rotary Club.

Atualmente, o Interact conta com aproximadamente 164 mil membros em 109 países ao redor do globo. Só no Brasil, há mais de 200 Interact Clubs espalhados desde as maiores cidades até os pequenos municípios.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Salvando a natureza

Por Daniele Caldeira




Trabalho voluntário não é apenas ajudar as pessoas, mas também preservar o lugar que vivemos. Conservar a natureza e evitar que ela seja destruída é tão importante quanto ajudar o próximo. Um exemplo disso é o Ecovolunteer Program, que tem como objetivo organizar viagens e levar os voluntários a lugares não acessíveis a turistas e poderem preservar os habitantes e a natureza.

Ser um voluntário da ecologia, mais conhecido como ecovoluntário, é ter uma missão e preocupação com a natureza. Além da ajuda no projeto de vida selvagem, os voluntários têm uma incrível experiência de férias. Os ecovoluntários são de diversos países e a idade não influi em nada, basta ter mais de 18 anos. Porém é válido lembrar que a contribuição financeira e física é necessária para alguns trabalhos.

Os lugares escolhidos para os ecovoluntários irem são de acordo com os costumes e hábitos das pessoas, pois a viagem pode ser para lugares de climas e culturas totalmente diferentes do que o costume da maioria.

O trabalho voluntário ambiental pode ser feito por qualquer pessoa. Cuidar de uma árvore, salvar animais ou até mesmo organizar palestras já são atos de ajuda. Dedicar um pouco do tempo não é pedir muito, é ajudar a salvar o planeta.

Informações:
http://www.br.ecovoluntarios.org/
Foto:
http://www.legiaolandrover.com/ArticleView.asp?article_id=45

Envelhecendo saudavelmente

Por Leandro Carneiro

A Organização das Nações Unidas (ONU) recomendou que idosos realizem o trabalho voluntário. Segundo a organização, realizar atividades do tipo, na terceira idade, causa uma força de desenvolvimento e um envelhecimento ativo, porém parece que nem todos sabem disso em nosso país, ou se sabem não seguem.

Em São Paulo, apenas, 27% das pessoas idosas realizam trabalho voluntário, segundo pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP). O estudo envolveu 2.143 idosos da cidade, que representam o Brasil no Projeto Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento (Sabe), da Organização Panamericana de Saúde (Opas).

O pior de tudo destes dados é que 22,6% realizam trabalho voluntário de forma indireta por meio de doações e apenas 4,4% o fazem de modo direto através de prestações de serviço.

Os dados da pesquisa também mostram que a maioria dos “jovens experientes” são mulheres e que mais da metade tem baixo nível educacional, estudo somente até a 4º série.

Em nosso país, existem, apenas, 3% de organizações que promovem e organizam trabalhos para beneficiar idosos. Portanto é necessário que a política pública atue mais no incentivo ao trabalho dos nossos jovens velhinhos.


Fotos:

http://www.corporeus.pt/corporeus/BackOffice/Documentos/Informacoes_Imagens/idoso.jpg

http://www.portaldovoluntario.org.br/press/uploadResize/112922566650.jpg

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Profissionalismo no Voluntariado

Por Danilo Lavieri Ribeiro

A maioria das entidades beneficentes no Brasil ainda são muito pequenas, e não têm programas de voluntariado.

Para ser voluntário você pode ser jovem, adulto, idoso, com primeiro grau incompleto, com pós graduação, basta você querer.

No site http://www.voluntarios.com.br/, existem 4850 entidades cadastradas dispostas a receber a ajuda e você pode pesquisar e ser um deles, ajudando na área que mais o agrade.

Não desista caso a primeira não atenda suas expectativas. Vá em frente, afinal muita gente precisa da sua ajuda. Caso dê certo, parabéns, você estará ajudando alguém que precisa da sua solidariedade.

Seja humilde. Ajudar alguém não significa que receberá ‘paparicos’. Você também não estará isento de críticas. Afinal, trabalho voluntário é como qualquer outro, exige profissionalismo igual ou até maior do que qualquer outro trabalho.

Não espere palmas pelo seu trabalho e, muito menos, pela sua inércia social. Para ganhá-las arrisque e tente algo que pode fazer o próximo feliz, mas lembre-se, seja “profissional”.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Voluntários buscam a democratização do ensino

Por Everson Garcia

Incluir os negros (em especial) e os pobres (em geral) nas faculdades, principalmente nas universidades públicas, é hoje o grande objetivo do Educafro (Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes).

O projeto Educafro nasceu na Bahia com a missão de promover um curso pré-vestibular, oferecendo aos jovens negros da periferia de Salvador uma oportunidade de entrar na faculdade.

Para frei David Raimundo dos Santos, um dos coordenadores, ao expandir o projeto para outras periferias do Brasil, cresceu também a sua finalidade. “Percebeu-se que não bastava ser uma rede de cursinho pré-vestibular. Havia a necessidade de ser um mutirão que buscasse, junto com outros movimentos já existentes, favorecer a democratização da educação no país.” Afirmou o religioso franciscano.

Hoje, o Educafro possui 255 núcleos e conta com mais de 3.700 voluntários entre colaboradores, professores e coordenadores.

“Ninguém que trabalha no projeto recebe. Os espaços são emprestados por igrejas, escolas ou sociedades de amigos de bairros. A colaboração financeira que pedimos é de R$35,00 e serve para reproduzir as apostilas e manter as salas de aula.” Contou Raphael Brito da Silva que cursou o Educafro e hoje como universitário é voluntário lecionando História.



Saiba mais em: http://www.educafro.org.br

domingo, 9 de setembro de 2007

Doando Vidas

Por Júlia Rodrigues

Existe uma ação voluntária muito conhecida, mas pouco praticada: Doar sangue. Este ato é, talvez, o mais simples e mais eficaz de ajudar alguém que realmente precisa.

Conforme pesquisas realizadas no ano 2000, menos de 2% da população brasileira doava sangue regularmente. Esta quantia não é suficiente para manter os estoques dos hemocentros. Segundo parâmetros da OMS (Organização Mundial da Saúde), são necessários que de 3% a 5% da população de cada país seja doador fiel, ou seja, doar mais de duas vezes ao ano.

Muitas pessoas têm receio quanto aos cuidados tomados pelos hospitais na hora da doação. A Anvisa, órgão responsável pelo gerenciamento e fiscalização de sangue e hemoderivados em todo país, garante que todo material utilizado na hora da coleta é descartável, e que não há nenhum risco de contaminação.

Devido ao período de férias, o final do ano é a pior época para quem precisa de sangue. A quantidade de doadores diminui neste período e o número de acidentes aumenta, o que significa um efetivo esvaziamento dos estoques nos bancos de sangue.

Ser doador é muito fácil. Basta ter idade entre 18 e 60 anos; ter peso acima de 50 quilos; ser saudável; ter dormido normalmente no dia anterior; não estar em jejum. As mulheres podem doar sangue a cada três meses, e os homens a cada dois meses.

Foto: www.soudobem.org

Jovens voluntários

Por Paula Ramos

Desde pequena estudei em colégio de padres jesuítas. Aprendi muito cedo os valores da religião católica, e essas crenças foram transmitidas para mim de várias formas. Uma delas era o trabalho voluntário oferecido pela escola. Foi lá que tive meu primeiro contato com asilos e creches carentes. Passar uma tarde fazendo companhia a essas pessoas era motivo de orgulho pessoal. Nada se comparava à sensação de estar fazendo o bem.

Mas passado os primeiros meses de atividades, os estudantes se entediavam da solidariedade. Ficar dormindo em casa era, e creio eu que ainda é, muito mais interessante. Os jovens de hoje pouco se envolvem e têm interesse pelo trabalho voluntário. A maioria sabe que a ação é necessária, mas poucos a praticam.

A juventude de hoje movida por ipods, vídeo-games, televisão e celular precisam sair um pouco do seu “mundinho” e conhecer realmente o que é o mundo. Talvez nasça em alguns, o interesse de ajudar, e em outros a certeza que ficar em casa é a melhor opção. Mas nunca é tarde para mostrar a esse jovens que a sociedade clama por ajuda.

sábado, 8 de setembro de 2007

Educação Voluntária

Por Natascha Ariceto

O que pode fazer um voluntário?
No endereço eletrônico Portal do Voluntário surgem várias oportunidades para quem quer ajudar, mas ainda não sabe como. Um anúncio que me chamou a atenção vem do bairro Fonseca, em Niterói, Rio de Janeiro.

O grupo está à procura de estudantes universitários e professores de matemática e português que possam ajudar a montar um curso pré-vestibular comunitário. Este será destinado a adultos, crianças e terceira idade. O projeto é ligado ao Centro Comunitário e Educacional da LBV (Legião da Boa Vontade), que conta com filiais por muitos estados brasileiros. Tem como objetivo acabar com a desigualdade e pobreza em busca de maior responsabilidade social.

O anúncio foi publicado no site na última quinta-feira e suas inscrições estão abertas até novembro. Se não fosse no Rio, aposto que você, assim como eu, se candidataria. Cabe a nós interessados procurarmos outras entidades e organizações que promovam esses trabalhos. O que não falta são pessoas precisando de ajuda, além do estímulo ao estudo que o projeto propõe.

Para maiores informações acesse o site: http://www.portaldovoluntario.org.br/busca_oportunidade.php

"Coisa simples e muito importante"

Por Vinícius Souto


Elizete dos Santos, professora da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo) e aluna do curso de pedagogia da Faculdade Anchieta (SBC), realiza trabalho voluntário há 4 anos. Ela e o marido, Amaury dos Santos, visitam favelas a fim de contribuir com a formação de jovens carentes. O Jornal do Voluntário foi ouvir um pouco dessa experiência:

JV – Como funciona o trabalho?
Elizete – Vamos aos adolescentes, sentamos em roda e conversamos sobre assuntos importantes, mas que a realidade faz deixar de lado. Levamos cartazes, camisinhas, explicamos sexualidade e o mundo de trabalho.

JV – Qual a sensação?
Elizete – A melhor possível. Bom para eles, que são ouvidos, recebem um conforto emocional. Bom para nós, que voltamos melhores após cada visita. Percebemos que há resultado. A ajuda não se resume ao aspecto material, querem diálogo. Coisa simples e muito importante.

JV – Como os jovens reagem?
Elizete – Eles tem entre 14 e 16 anos, os hormônios estão à flor da pele. São atacados pelo tráfico, pela promiscuidade e pela falta de orientação. Quando ouvem alguém de fora, com escala de valores diferente, prestam atenção, sentem-se bem. Ainda convidam amigos para os próximos encontros.
Foto: www.ikophotos.com

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Voluntariado Ambiental

Por Débora Alfano


Em tempos em que ouve-se muito falar em aquecimento global e destruição do meio ambiente, é válido considerar outro tipo de voluntariado: o ambiental. Esse tipo de trabalho possibilita efetivamente a melhoria da vida do planeta.
Os voluntários ambientais podem, entre outras iniciativas:

cuidar de uma árvore;
resgatar e recuperar animais atingidos por acidentes ecológicos ou aqueles abandonados na rua;
organizar e participar de mutirões ecológicos de limpeza e recuperação de ecossistemas e áreas de preservação degradados;
realizar palestras sobre o tema;
viabilizar soluções para problemas ambientais.
Para ajudar o meio ambiente, além de vontade e tempo, é necessário competência e qualidade técnica. As iniciativas devem ser submetidas a um método, com prazos, portanto é preciso dedicação e seriedade.

Assim, o voluntariado não resume-se apenas à assistência a pessoas carentes ou mais vulneráveis, mas abrange inúmeras ações de cidadania em diversas áreas. A ambiental é, apenas, mais uma delas.


Foto:http://atuleirus.weblog.com.pt/arquivo/floresta.jpg

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Clube do voluntariado

Por Henrique Cabral Rodriguez

Essa pode ser a definição para o Rotary. Um clube voltado para ajudar o próximo através de trabalhos sociais em diversas áreas. O Rotary surgiu em Chicago, no EUA em 1905, e a partir daí só cresceu e se espalhou pelo mundo todo com o intuito de reunir comerciantes, profissionais liberais e homens de negócio em um clube aonde relações profissionais pudessem se tornar amizades pessoais.

Pelo mundo todo existem cerca de 31 mil rotarianos, só no Brasil são 2200. Os Rotary é, basicamente, uma organização voltada para o objetivo de compreensão e concórdia universal. Para isso, os rotarianos procuram ajudar em comunidades carentes e etc. com trabalhos sociais de diversos tipos. Mas o trabalho social do Rotary não para por aí. Pelo mundo todo há um esquema de intercâmbios feito pelo clube. O esquema funciona da seguinte maneira: o jovem faz uma prova e, dependendo do seu resultado, é mandado para o país que preferir para passar um ano estudando fora, morando em casa de rotarianos. A única despesa do jovem é com as passagens para o local escolhido. Quanto a casa, comida, a família rotariana paga.

Além disso, no mundo todo há faculdades rotarianas, aonde, para ser aprovado, o estudante tem que cumprir uma certa quantidade de horas de trabalhos sociais.