domingo, 30 de setembro de 2007

Festa da Solidariedade

Por Júlia Rodrigues

A associação “Viva e Deixe Viver” juntamente com a Capelania do Hospital Emílio Ribas organizou ontem uma festa do “Dia das Crianças” para as crianças que estão em tratamento no hospital.

Durante a festa as crianças podiam enfeitar o cabelo, pintar o rosto e pegar esculturas feitas com bexiga. Uma das barracas de mais sucesso da festa foi a da “Fotografia”. Os voluntários tiraram fotos da última festa (Festa da Páscoa) e deixaram as fotografias à mostra, a criança que conseguisse se achar em alguma foto ganhava esta como presente. O evento contou também com um sarau, onde diversos voluntários contaram suas histórias e garantiram o sorriso da criançada. Uma palestra sobre reciclagem alertou os participantes sobre a importância da reciclagem dos alimentos.

A associação e a Capelania do hospital promovem três festas durante o ano: Festa da Páscoa, Dia das Crianças e Natal. Todas acontecem nas dependências do Hospital Emílio Ribas. Quem tiver interesse em ajudar pode pegar mais informações no site: www.vivaedeixeviver.org.br

Amigos da Escola


O Amigos da Escola, projeto criado pela Rede Globo, é uns dos programas de trabalho voluntário mais conhecido do Brasil, seja pela forte divulgação ou pela eficiência. Seu objetivo é contribuir com o fortalecimento da escola pública de educação básica por meio do trabalho voluntário e da ação solidária. Milhares de crianças são beneficiadas por esse programa todos os anos.

O que me chama a atenção é a dimensão que ele atinge a facilidade com que as pessoas se filiam ao projeto. Uma das respostas que encontro deve-se ao fato dele ser da Rede Globo, o maior canal de TV do Brasil e que exerce um poder de influência enorme na população. Sem falar da divulgação do Amigos da Escola, é fácil se interessar por algo que está constantemente na mídia como uma coisa positiva.

Gostaria que assim como o Amigos da Escola diversos outros grupos de trabalho voluntário tivesse a oportunidade de fazer sua divulgação gratuita na Rede Globo, pois assim a emissora estaria ajudando indiretamente milhares de necessitados.


Para saber mais do Amigos da Escola clique aqui http://www.amigosdaescola.com.br/

sábado, 29 de setembro de 2007

Trabalho com criança é coisa séria


Por Natascha Ariceto

Fundada em 1950, a Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD) conta com voluntários em diversas áreas de sua equipe. O objetivo principal é o tratamento, atendimento, educação e reabilitação de crianças e adolescentes com deficiência física, procurando reintegrá-los a sociedade.

Em muitos anos de existência o trabalho voluntário na empresa cresceu. E com tanta evolução, em 2000, o grupo da AACD recebeu o prêmio da Kanitz Associados por estar entre as dez equipes com maior numero de “ajudantes” no Brasil. Atualmente, somam-se cerca de 1.500 voluntários entre as unidades de São Paulo, Recife, Porto Alegre e Minas Gerais.

Em seu site encontramos a descrição e pré-requisitos para ingressar no trabalho com as crianças. O mais importante é que fica bem claro que o voluntariado não estabelece vínculo empregatício e não é uma coisa boba. Uma vez integrado ao grupo, através de uma dinâmica de seleção, o “escolhido” passa por um curso de formação do trabalho voluntário e, em seguida, por um treinamento no setor que vai ajudar.

Se você acha que está apto e preenche as características acima, pode fazer o seu cadastro e aguardar a disponibilidade de vaga.

Foto:
http://www.teleton.org.br/fundopro_aacd/images/logo_aacd.gif

“O voluntariado contribuiu para minha escolha vocacional”

Por Vinícius Souto

Everson Garcia no alto de seus 29 anos tem a vida marcada por ações voluntárias. Começou aos 16 em Sorocaba. Nos fins de semana, ia até o Asilo São Vicente de Paulo colaborar com atividades de animação para os idosos. O Jovens Unidos em Deus, grupo do qual fazia parte, tocava músicas e organizava jogos.

Outra ação que marcou foi em Curitiba, 2001. Visitava um hospital infantil com muitas crianças que sofriam de câncer. Além de brincar e divertir as crianças, buscava atrair pessoas dispostas a doar sangue. Everson doou em duas oportunidades, mas, pelo fato de passar mal, não é adepto freqüente da prática, limita-se a incentivar “os que passam bem”.

Num dado momento da entrevista, um sorriso espontâneo estampou-lhe o rosto. Lembrava da Casa da Acolhida, próxima à Paróquia Santa Gema no Jardim Ana Maria, Santo André. Mendigos passavam por lá, a fim de tomar banho, almoçar e conseguir informações sobre como obter documentos. Ou seja, buscavam assistência que certamente não encontravam nas ruas. A função de Everson, era a de “ouvidor”: ouvia histórias e desabafos dos carentes. Ele diz que era engraçada a contradição dos depoimentos. “Um dia ele era casado, no outro, viúvo”.

Explica, ainda, que essa situação se dava pelo fato de serem sempre anônimos. A vida não permite identidade. Muitos deles diziam, ao contrário do que muitos imaginam, que optam por aquela conjuntura por ser uma “vida de liberdade”.

Everson ao refletir sobre sua trajetória solidária, conclui: “o voluntariado contribuiu para minha escolha vocacional”. Ele é frei da Ordem dos Franciscanos.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Bom para cachorro!

Por Débora Alfano


Um projeto em Florianópolis realiza um tipo de trabalho voluntário que cuida de um “público” diferente: cães abandonados. Eles recebem tratamento e são colocados para a adoção.

O “cão-terapia” como é chamado, foi idéia da arquiteta Ana Lúcia Martendal, voluntária da Coordenadoria de Bem-Estar Animal. Essa entidade é responsável por recolher filhotes abandonados, cães atropelados e vítimas de maus- tratos.

Os animais são recolhidos e levados para o canil municipal, onde são limpos, castrados e alimentados. Esse lugar, seria provisório onde os cães ficariam até serem adotados. Mas, como não há divulgação do processo de adoção, muitos bichos permanecem no canil por muito tempo.

Com o projeto, voluntários podem levar os animais para passear ou ainda levá-los para casa para passar o fim de semana, devolvendo-os na segunda-feira.

As consequências positivas são perceptíveis. Alguns animais que eram isolados e chegavam até a desenvolver doenças devido à esse afastamento, demonstraram vitalidade, de acordo com os funcionários da coordenadoria. O que lhes faltava era carinho.







quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Socorro!

Por Henrique Cabral

O Corpo de Socorristas do Brasil (CSB) é uma ONG que existe há 16 anos e estáespalhada por todo o Brasil. O CSB visa ensinar, propagar e divulgar a prática dos primeiros socorros no país. O grande objetivo é dar instruções aos leigos de como ajudar em possíveis calamidades e/ou catástrofes.

Além disso, o projeto do CSB também fornece atividades que nada tem a ver com os primeiros socorros, como aulas de computação, digitação, noções de direito, deveres e direitos de um cidadão, etiqueta social, civismo, mecânica, eletricidade, língua portuguesa, matemática e outros.
No quadro de voluntários apresenta-se uma grande variedade de profissionais, que vão desde educadores até bombeiros, além de engenheiros, médicos, enfermeiros, advogados e até mesmo militares.

Talvez, se mais iniciativas como essa fossem tomadas não só no Brasil como por todo o mundo, desastres como o terremoto que aconteceu recentemente no Peru tivessem um número muito maior de sobreviventes. É isso que o CSB faz, prepara para a vida e para salvar vidas.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Muito mais que um ídolo no esporte

Por Leandro Carneiro

Um ídolo brasileiro. O maior piloto do automobilismo do Brasil. Esse era Ayrton Senna (foto à direita). Atualmente esse grande esportista de nosso país dá o nome a um dos maiores institutos de trabalho voluntário. Trata-se do Instituto Ayrton Senna.

O trabalho da instituição é fruto do sonho do piloto brasileiro. Senna que em toda sua vida levava consigo a frase. "Se a gente quiser modificar alguma coisa, é pelas crianças que devemos começar, por meio da educação". Alguns meses após sua morte, a família do ídolo começou a tomar as providencias para criar o projeto.


A fundação deu-se em novembro de 1994 e desde então é presidida pela irmã do piloto, Viviane Senna (foto à direita). O principal objetivo do trabalho é criar oportunidades de desenvolvimento humano a crianças e jovens brasileiros, em cooperação com empresas, governos, prefeituras, escolas, universidades e ONGs.

Em seus 13 anos de história, a instituição ajudou 7.896.146 crianças e jovens, transformou a vida delas. Neste ano, o auxílio já atingiu cerca de 1.350.532 beneficiados.

O instituto acredita muito na transformação de nosso país, com união entre organismos governamentais, empresas e organizações da sociedade civil. Através dessa junção pretende o desenvolvimento de políticas públicas que favoreçam as crianças, que são o futuro do país.

Fotos:

http://senna.globo.com/institutoayrtonsenna/imagens/interna_nova/comum/logo_interno.gif

http://www.fotogarrafa.com.br/fotoarquivos/200410/pD20041014%20130506_tunel_viviane%20senna%20copy.jpg

Lutando pela vida

Por Daniele Caldeira

Além dos projetos AMMOR e CACCC citados anteriormente, que ajudam na prevenção do câncer, há também o INCAvoluntário. O instituto tem como objetivo apoiar ações do INCA (Instituto Nacional de Câncer) junto à comunidade, na assistência e prevenção da doença. Ações educativas e recreativas são desenvolvidas aos pacientes, familiares e pessoas da comunidade.

A primeira associação de voluntários do INCA foi criada na década de 80, a AMINCA - Associação dos Amigos do Instituto Nacional de Câncer começou a dar apoio aos pacientes com carências materiais e afetivas.

Em novembro de 1996, o NAV - Núcleo de Acompanhamento do Voluntariado do INCA foi fundado e adotou a regulamentação jurídica de todos os grupos, formalizando assim o trabalho voluntário no INCA. E depois, em dezembro de 2001, o NAV foi transformado em Área de Projetos Sociais e Voluntariado – INCAvoluntário.

Para se tornar um voluntário do INCA é necessário dedicar amor ao próximo, ter mais de 21 anos, ter quatro horas semanais durante o dia e comparecer às reuniões de reciclagem e treinamento mensais. É preciso também que o voluntário do INCA tenha amadurecimento emocional e psicológico para enfrentar a realidade de uma instituição que trata de algo tão sério, o câncer.


Foto: www.inca.gov.br/conteudo_view.asp?id=257

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Ensine a pescar, não dê o peixe

Por Danilo Lavieri Ribeiro


O Voluntariado é um dos meios mais importantes de ajudar os que mais necessitam. Para isso existem inúmeros projetos. Um deles é o “Projeto Arrastão”. Sua missão é, como diz no próprio site, “formar cidadãos capazes de transformar a realidade e o meio em que vivem sempre considerando o espírito de coletivo de não dar o peixe, mas ensinar a pescar.”

Como toda organização voluntária, o “Projeto Arrastão”, que foi criada em 1968, não tem fins lucrativos. O alvo do planejamento é os bairros da zona sul de São Paulo, como Jardim Maria Sampaio, Jardim Helga, Jardim Ângela, Valo Velho, Capão Redondo, além dos municípios de Taboão da Serra e Embu das Artes. Nestes lugares, cerca de 1200 atendimentos são realizados diariamente.

Esse plano atua na área da educação, cultura e desenvolvimento pessoal. Para isso, está sempre aberto para receber os voluntários que possam ajudar. No site da instituição, as devidas instruções de como ser um deles são dadas.

É importante lembrar que ser voluntário é importante, mas é apenas um dos passos necessários para uma melhor convivência. Não adianta ser voluntário e não ter compromisso com sua ação, com a sociedade, com o próximo.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Levando alegria aos velhinhos

Por Everson Garcia

O Lar São Vicente de Paulo de Sorocaba é uma obra dos vicentinos, grupo de ação social pertencente à Igreja Católica. O asilo foi fundado em 1896 e atende cerca de 130 idosos, na maioria carentes e sem família.

Principalmente nos finais de semana, a instituição é aberta aos visitantes e aos voluntários. Um deles é o senhor Antônio Alves de Oliveira, 64, motorista aposentado, com quem conversamos.

JV - Quanto tempo o senhor faz este trabalho?
Antônio - Há mais de vinte anos. Vim pela primeira vez para visitar um primo. Passei a conhecer seus companheiros de quarto, depois os amigos da recreação, hoje conheço o asilo inteiro. Naquele tempo pensava que qualquer um deles poderia ser meu pai, hoje penso que poderia ser eu (risos)!

JV - Que tipo de atividades o senhor desenvolve aqui?
Antônio - De início apenas visitava os "vôzinhos" (modo carinhoso de chamar os internos), depois comecei animar a recreação dos finais de semana tocando moda de viola, organizando bingo, baile e outras diversões.

JV - Quantos voluntários ajudam o senhor neste serviço?
Antônio - Com compromisso fixo, hoje, somos cerca de 30 que revezamos os finais de semana do mês, porém têm muitos que os visitam aleatoriamente.

JV - Na sua visão qual é a maior dificuldade dos internos?
Antônio - Por mais que eles sejam bem cuidados aqui, eles sofrem muito pela ausência de familiares e o sentimento de solidão.

Imagens:
www.paroquiadivino.org.br
www.cilisboa.org
www.monicaramalho.com.br

domingo, 23 de setembro de 2007

Anjos da vida

Por Júlia Rodrigues

“Ao parar no semáforo da Rua Amaral Gurgel, fui abordado por um senhor, de aproximadamente 60 anos, que vestia apenas uma camiseta e uma bermuda. Fiquei chocada, pois fazia muito frio, então resolvi parar o carro e ajudá-lo, pois tinha algumas roupas no carro e resolvi doar. Depois de trocar a roupa molhada, incluindo sapatos, esse Senhor olhou-me nos olhos e disse-me:
‘VOCÊ É UM ANJO DA NOITE’”.

Há 18 anos essa história aconteceu com Kaka, fundador do grupo “Anjos da Noite”. Desde então o grupo vai às ruas distribuir alimentos, roupas e cobertores aos mendigos. O grupo também conta com o “Espaço de Auxílio ao Morador de Rua”, nesse espaço os moradores têm acesso a chuveiros com água quente, vestuários, produtos de higiene pessoal, tratamento médico e cursos profissionalizantes.

Apesar do “Anjos da Noite” ajudar a muitos moradores de rua, o grupo ainda precisa muito de donativos e novos voluntários. Os donativos podem ser em dinheiro, alimentos não-perecíveis, roupas e cobertores. Para ser voluntário basta acompanhar o grupo a partir das 22h dos sábados. Mais informações no site www.anjosdanoite.org.br


Fonte: www.anjosdanoite.org.br

sábado, 22 de setembro de 2007

Coração de pedra

Por Vinícius Souto

“Devido a falta de patrocinador não teremos a premiação de 2007. Acreditamos que em breve acharemos a solução, pois estamos em negociação. Assim que fecharmos o patrocínio, entraremos em contato com as entidades”.

O comunicado refere-se ao Prêmio Bem Eficiente 2007, que é concedido a centros filantrópicos pela qualidade dos serviços e projetos desenvolvidos no campo social. São cinqüenta as entidades premiadas por produzirem o bem, serem transparentes no emprego dos recursos em prol dos necessitados e atraírem voluntários com a intenção de minimizar as dificuldades de pessoas carentes.

Mas por que não há patrocinador? Um prêmio que contempla grandes iniciativas não merece apoio de empresas? Merece. O fato explica-se pela falta de apelo de marketing, da imprensa, financeiro. Mostra o quão importante é para uma empresa ter responsabilidade social.

O capital investido na dignidade humana não é rentável. O retorno não é imediato. Investir na melhora da sociedade não é tão interessante quanto investir num evento tomado por lindas mulheres, carros, status, como por exemplo, o Salão do Automóvel.

Resta aos que precisam de ajuda contar com a boa vontade dos detentores de pequeno capital, mas de grande coração. E lamentar por aqueles que poderiam contribuir e não o fazem; aqui, o coração é uma grande pedra.

Dança, comunidade!

Por Natascha Ariceto

Tudo começou com um trabalho voluntário. Hoje o terapeuta corporal e coreógrafo Ivaldo Bertazzo, 57 anos, comanda um projeto social de dança. Bailarino desde os 17 anos, se especializou em expressão corporal aos 20 anos. Em quase 40 anos de carreira, o que era para ser diversão e ajuda ao próximo tornou-se profissão.

“O projeto Dança Comunidade começou no Sesc Belenzinho. O grupo de adolescente vai de 13 a 17 anos. O de adulto vai dos 18 até a terceira idade”, explica o coreógrafo em entrevista dada ao portal Podcyrela.

Quatro anos depois de iniciado os ensaios na periferia de São Paulo, o grupo de adolescentes carentes vai ao Ibirapuera se apresentar no espetáculo “Mar de gente”. Em reportagem ao jornal SP TV da rede globo, Ivaldo explica que além da intenção de profissionalizar os bailarinos abrindo as portas para o mercado de trabalho, a dança é um cuidado a mais com o corpo.

As diferenças da espécie humana são tema da apresentação. “Mar de gente” pode ser visto no auditório do Ibirapuera até este domingo e o ingresso custa 30 reais.


fotos:
http://sptv.globo.com/Sptv/0,19125,LPO0-6146-20070921-302585,00.html

http://www.podcyrela.com.br/entrevistas/ivaldo-bertazzo/

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Voluntário por interesse

Por Paula Ramos

Dando seqüência às matérias de trabalho voluntário no exterior, o Jornal do Voluntário conversou com o jornalista Aloísio Hildenchi, 28 anos, que passou 1 ano nos Estados Unidos, trabalhando gratuitamente em uma instituição de crianças com síndrome de down.

“Ajudar no Brasil já é difícil, imagine em um país em que você não conhece ninguém”, afirma o jornalista, explicando ainda que foi para os EUA para aprender inglês e como não tinha dinheiro, arranjou como solução ajudar essa instituição, pois lá recebia alimentação e moradia.

Ao me confrontar com esse depoimento, me questionei sobre algumas coisas. Ajudar os mais necessitados seja ele brasileiro ou não sempre é uma atitude digna de reconhecimento, porém usar isso como desculpa para sobreviver em um lugar desconhecido, para mim é totalmente inaceitável.

Muitos jovens, assim como Aloísio, ao chegarem no Brasil abandonam o trabalho voluntário e voltam a suas atividades normais, prova que a função exercida no exterior era altamente interesseira. Creio que atitudes como essa são freqüentes entre as pessoas que almejam morar no exterior.

Resta saber se a solidariedade interesseira é tão aceitável e boa como a que é feita de coração.

Que tal voluntariar no exterior?

Por Débora Alfano

"Trabalho voluntário” constado no currículo, não só o valoriza, como, às vezes, pode até ser pré-requisito para a contratação. Agora imagine unir a esse, o domínio de outro idioma, mais uma qualificação exigida no mercado de trabalho. Pois esses são alguns dos benefícios gerados pelo voluntariado no exterior.

Há agências de intercâmbio no Brasil que oferecem pacotes para quem se interessar por esse tipo de trabalho. Áreas da saúde, educação, agricultura e comunicação, são algumas das opções oferecidas para que o voluntário possa escolher onde atuar. E as ações desenvolvidas em cada área vão desde preservação ambiental até tratamento de deficientes, portadores do vírus HIV e crianças carentes.

Os destinos são diversos ( Espanha, Inglaterra, África do Sul, etc) e os programas solicitam apenas uma taxa de inscrição que pode, ou não, incluir aulas do idioma no pacote.

Esse tipo de voluntariado traz valor cultural e experiência de vida e em outros idiomas, o que possibilta maiores oportunidades de emprego. Além de disponibilizar auxílio a quem precisa, cumprindo, assim, seu importante valor social.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

AMMOR no coração

Por Henrique Cabral Rodriguez

Prevenção, atendimento médico, educação sexual, orientação sobre drogas, ensinamento de valores como honestidade e direitos humanos. Esses são alguns dos benefícios que o projeto AMMOR traz a garotos e garotas de rua. Com um lema em mente, “educar para a vida através da saúde”, a médica holandesa Dra. Irene Adams, idealizadora do projeto cuida das crianças como ninguém.

O projeto AMMOR surgiu após o fechamento de um antigo projeto da Dra. Irene, a Clínica Nossa Senhora da Conceição, que atendia, totalmente de graça, pacientes com câncer terminal e o vírus da AIDS. Com o final da clínica, os projetos que foram criados a partir dela ficaram sem expectativas de continuação. Foi aí que a Dra. Irene resolveu integrar os projetos da CNSC à Clínica AMMOR.

Além disso, o projeto AMMOR é integrado a diversos outros projetos, como o projeto COMVIDHA, de assessoria jurídica e a Academia de Ginástica Movimento e Saúde. É sempre bom que iniciativas como esses apareçam e consigam dar um pouco mais de dignidade aos excluídos pela vida e comunidade em que vivem.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Gol fora de campo

Por Leandro Carneiro

Dar show em campo era o que a dupla Raí e Leonardo mais sabiam fazer, mas os dois atletas resolveram fazer um verdadeiro “Gol de Letra” fora do gramado. Em 1999, com apoio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e da Kellogs um prédio foi reformado, o qual foi cedido pelo Governo de São Paulo, na zona norte da capital paulista. Esse edifício foi a primeira sede do Instituto Gol de Letra e funciona até hoje.

A missão é contribuir para a formação de crianças. O trabalho é baseado em atividades de arte, educação e esporte. Com mais 2 filias além da sede principal, a Gol de Letra atende cerca de 1500 crianças, adolescentes e jovens.

Outra criação da Fundação é o torneio Gol de Letra de futebol, onde empresas e ex-jogadores participam na arrecadação de bens para a instituição. A final deste ano, em São Paulo será no Morumbi e no Rio, no Maracanã.

Em reportagem feita pela Carta Capital deste ano, onde se destacava a criação do torneio no Rio de Janeiro, Leonardo disse: “Queremos criar uma tradição com a realização do torneiro Gol de Letra aqui no Rio, como acontece em São Paulo. Lá, o evento já custeia 25% do projeto ao longo do ano, além de ser uma opção para as empresas estimularem a confraternização entre diretores e funcionários. O grande sonho de todo fã de futebol é jogar no Maracanã”.


Fotos:

http://www.goldeletra.org.br/secao.17,sm.sm48.aspx

http://www.torneiogoldeletra.org.br/site/album/2º%20torneio%20gol%20de%20letra/index.php

Voluntários da educação

Por Daniele Caldeira

O trabalho voluntário educacional é bastante importante e procurado. Através dele é possível contribuir em escolas, ajudar crianças em disciplinas, colaborar com dinheiro ou apenas doar materiais.

O Brasileirinho é um programa do Riovoluntário e tem como objetivo melhorar o atendimento de crianças de zero a quatro anos em creches comunitárias localizadas em comunidades de baixa renda no Rio de Janeiro.

Normalmente as creches são construídas pelos próprios moradores. Pela falta de condições financeiras, são precárias e com condições inadequadas para exercer atividades com crianças. Além disso, os professores e funcionários não têm preparo ou formação para o desempenho de suas funções. Diante deste problema, o Brasileiro desenvolve ações, como reforma do espaço, aquisição de equipamentos, capacitação das educadoras, acompanhamento pedagógico, capacitação dos gestores e assessoria e atividades sócio-educativas com as famílias das crianças.

O Brasileirinho tem parcerias com voluntários, comunidades, empresas públicas e privadas. E os voluntários desenvolvem trabalhos de acordo com suas habilidades, seguindo a proposta pedagógica do Brasileirinho.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

História do Voluntariado

Por Danilo Lavieri Ribeiro

Você sabia que o trabalho voluntário começou com os Portugueses? Sim, no século XVI, quando organizações religiosas introduziram esse tipo de trabalho em instituições ligadas à saúde. Na época, as Santas Casas. O modelo foi cópia de Portugal e durante muito tempo o trabalho foi essencialmente feminino, com rígidos valores morais. As que ajudavam eram conhecidas como Damas Caridosas.

A evolução maior começou na década de 30. O Estado, que na época era comandado por Getúlio Vargas, passou a desenvolver políticas públicas ligadas ao trabalho voluntário. Em 1935, a Lei de Declaração de Utilidade Pública, que regulamente a colaboração do Estado com instituições filantrópicas, foi promulgada.

Desde a década de 90, o voluntariado vem crescendo. Isso devido a demanda e a consciência coletiva que está se criando. Muitas pessoas perceberam que esse é um bom caminho para ajudar ao próximo e ajudar a si mesmo. É importantíssimo para a construção de um futuro melhor, atuarmos no presente, com atitudes, como por exemplo, o voluntariado.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Iniciativa de detento leva dignidade a presídio

Por Everson Garcia

José Ribamar Xavier Martins não é apenas um dos detentos do presídio da cidade de Osvaldo Cruz-SP. Ele encontrou na ajuda aos outros presidiários um sentido para viver os seus dias na cadeia. Para José Ribamar, o fato de estar encarcerado não pode tirar do ser humano sua dignidade. “Procuro lembrar que somos pessoas e não ratos.”

Dentro do presídio, auxilia principalmente os doentes e idosos. “Tem um velhinho de 75 anos que divide a cela comigo, ele depende de mim para tudo, até para ir ao banheiro.”

O tempo que sobra, usa para escrever cartas para sua família que mora em Guarulhos, para a família dos detentos analfabetos ou para pedir ajuda. “Tenho apenas a quarta série, mas aqui já é o suficiente. Escrevo e leio carta para quem não sabe ler. Escrevo também para alguns amigos e igrejas para pedir roupas, papel higiênico, sabonete, barbeador, frauda descartável para adulto.”

José Ribamar faz questão de salientar que seu serviço voluntário não tem segundas intenções. “O que faço não é para reduzir minha pena, porque para ter a pena reduzida basta não fazer nada.”


Este artigo foi escrito com base em uma de suas cartas. Quem quiser conhecer mais sobre José Ribamar e seu trabalho é só escrever para ele:

Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros Km 572-5, Bairro Venda Branca – Osvaldo Cruz – SP. Caixa Postal 427. Cep 17700-000 (MAT. 434048 R6.X8).




Fotos:



domingo, 16 de setembro de 2007

Voluntário sim, escravo não!

Por Júlia Rodrigues

Aos 15 anos decidi ser voluntária em uma escola para crianças com deficiência mental que é mantida pelo estado. Acredito que foi um dos piores erros que já cometi. No começo eu estava adorando, era muito gratificante ver o bem que fazia àquelas crianças, mas depois se tornou um pesadelo.

Como eu amava o que fazia, os diretores da escola perceberam minha boa vontade em ajudar e começaram a me incumbir de outras funções. Foi aí que meu problema começou. A minha intenção era fazer companhia às crianças, mas com o passar do tempo, a última coisa que eu fazia era brincar com elas. Comecei a varrer, lavar a louça e até banheiros!

No início eu não me sentia incomodada em fazer esse tipo de serviço, afinal já que eu estava ali para ajudar, tinha que fazer de tudo. Mas, depois senti que estavam explorando a minha boa vontade e comecei a pesquisar sobre as funções do voluntário. Segundo a ONU, "voluntário é o jovem ou adulto que, devido a seu interesse pessoal e seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividade, organizadas ou não, de bem estar social, ou outros campos..”. Decidi sair daquela escola, pois já não me sentia bem lá.

Tudo que fazemos na nossa vida tem que ser feito com gosto, se o que você estiver fazendo não o agrade, ESQUEÇA! Sua ação voluntária será prejudicial a você e aos que estão a sua volta.


Fonte:

Grupo da Sopa

Por Paula Ramos

O Jornal do Voluntário passou um dia com o Grupo da Sopa para contar a vocês como é a luta semanal de dezenas de voluntários.

São 5h da tarde. Magda Souza Villela Simões chega ao Lar de Idosos Família Vivência Feliz, na avenida Jabaquara, carregando sacolas de legumes entre outros alimentos. Como acontece às quintas-feiras, Magda se reúne a mais de 30 voluntários que começam a preparar as cerca de 200 refeições, que serão entregues a moradores de rua no centro da cidade.

Fundado em 1998, o Grupo da Sopa, hoje, já não tem a sopa como prato principal. Desde 1998, o caldo foi substituído por um cardápio mais consistente: arroz, feijão, carne moída com legumes e polenta. Para beber, suco ou leite.

Para que isso se tornasse possível, além da ajuda voluntária, todo esse alimento é proveniente de doações de pessoas, empresas e entidades. Mas a persistência e a motivação do grupo, foram uns dos principais motivos para que outras pessoas se juntassem à equipe.
Não basta querer só ajudar, é preciso ter uma equipe bem organizada para que empresas, pessoas e instituições também colaborem, fortalecendo o ideal de que só quer ajudar os mais necessitados.

Mais informações:
http://www.grupodasopa.org/

sábado, 15 de setembro de 2007

Encontrar o seu lugar

Por Natascha Ariceto

Nada melhor do que visitar uma instituição e conversar com voluntários para saber o que realmente fazem. Na última quarta-feira, 12, estive na Creche Maria Dolores, ligada ao Centro Espírita Eduardo Monteiro, ambos em São Bernardo do Campo.

Com 125 crianças, a casa conta com voluntários, parcerias e doações para se manter. “Temos colaboração da Marba e do Instituto Salvador Arena (Termomecânica) para alimentos. Mas nossa prioridade hoje são as instalações da casa, como trocar parte elétrica e hidráulica”, explicou a coordenadora pedagógica Juliane Pelissoni Zanata sobre as ajudas.

Para ser voluntário é preciso passar por uma entrevista “além de ter tempo e vontade”, completou.

A Voluntária Ana Maria Ariceto, 43, respondeu às nossas perguntas:

JV - Por que ser voluntária?
Ana - Participava de um grupo de estudos onde todos faziam trabalho social e sentia uma pressão. Mas só fui procurar quando senti que estava preparada e tive muita vontade.
JV - Qual é a recompensa de um voluntário?
Ana - Quando você encontra seu lugar, sente que pode ser útil. Essa é a recompensa, você sabe que esta ajudando alguém.

Contato:

http://www.blogger.com/crechemariadolores@terra.com.br

Não é bem assim

Por Vinícius Souto

O trabalho voluntário certamente não é desconhecido. Mas não se pode afirmar que é uma prática difusa no cotidiano dos cidadãos. O sistema capitalista vigente não é capaz de solidificar a consciência solidária. Imagine quantas pessoas se recusam a “voluntariar” pelo fato de não haver retorno financeiro.

Se existisse remuneração, crianças, velhos, pobres, pretos, brancos teriam uma assistência semanal, diária, “horária”, “minutária”. De melhor qualidade? Não sei. Mas compromissada. Não honrou a função: não ganha o sonhado salário. Infelizmente, a carência é muito maior do que um dinheiro a ser destinado ao voluntariado.

Falta coração, falta consciência social. No Brasil há 180 milhões de habitantes; deixando de lado os que precisam receber o trabalho, sobram muitos outros que são aptos a oferecer. Onde estão? Em todos os lugares. Mas preocupados com o consumo, com o hedonismo, com a vaidade. As pessoas, a vida? Não se mensuram em cifras, por isso, são tão desinteressantes.

O cidadão condicionou-se ao modelo “tarefa realizada–dinheiro recebido”. O trabalho voluntário não é assim. É “tarefa realizada-paz recebida”. Para quê serve a paz? O dinheiro compra, a paz, não. Enquanto isso, as pessoas sofrem, o mundo desiguala ainda mais. Não coma no Mc Dia Feliz pensando estar mudando o mundo. Ponha a mão na massa e chame alguém para acompanhar-te.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Você professor

Por Débora Alfano

Você se lembra da primeira vez que escreveu uma palavra? Se lembra do orgulho que teve, provavelmente na infância, quando começou a construir frases? Hoje, para as pessoas alfabetizadas, escrever tornou-se um ato comum. Mas, infelizmente, no Brasil ainda existem altos índices de analfabetismo, consequência da desigualdade social.

Essa desigualdade nega a jovens e adultos o direito fundamental de expressão. Por isso, há ações voluntárias em programas de melhoria da educação. Esse tipo de voluntariado visa educar e alfabetizar pessoas que têm dificuldade de acesso ao ensino.

Para ensinar a ler e a escrever, não é preciso possuir diplomas, formação acadêmica, muito menos bacharelado. Basta vontade e paciência. Qualquer pessoa alfabetizada que esteja realmente disposta a ajudar pode tornar-se um professor. E posso garantir que acompanhar os resultados do aprendizado que você foi responsável é muito gratificante.
Foto:

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Interaja!

Por Henrique Cabral Rodriguez

O Interact Club é um grupo mundial de adolescentes de 14 a 18 anos de idade que tem como base de sua existência diversos tipos de trabalho social com os mais variados segmentos da população e comunidade aonde vivem.

Interact é a junção das palavras International e Action, formando o nome de um dos mais respeitados grupos de jovens de todo o mundo. O Interact é patrocinado pelo Rotary. Além disso, os rotarianos, que têm de 22 a 35 anos, ainda oferecem apoio e orientação aos jovens do Interact. Esse grupo de jovens teve seu início em Melbourne, na Flórida, em 1962.

O principal objetivo desse grupo é ajudar a sociedade de maneiras simples, porém eficazes, como campanhas, arrastões, doações, visitas a creches e hospitais, e diversas outras formas para melhoras o ambiente e as relações sociais do local que o grupo abrange. Os interactianos, como são conehcidos os membros do Interact, ainda ajudam nos projetos de Intercâmbios para os Jovens e das Bolsas Educacionais, ambos do Rotary Club.

Atualmente, o Interact conta com aproximadamente 164 mil membros em 109 países ao redor do globo. Só no Brasil, há mais de 200 Interact Clubs espalhados desde as maiores cidades até os pequenos municípios.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Salvando a natureza

Por Daniele Caldeira




Trabalho voluntário não é apenas ajudar as pessoas, mas também preservar o lugar que vivemos. Conservar a natureza e evitar que ela seja destruída é tão importante quanto ajudar o próximo. Um exemplo disso é o Ecovolunteer Program, que tem como objetivo organizar viagens e levar os voluntários a lugares não acessíveis a turistas e poderem preservar os habitantes e a natureza.

Ser um voluntário da ecologia, mais conhecido como ecovoluntário, é ter uma missão e preocupação com a natureza. Além da ajuda no projeto de vida selvagem, os voluntários têm uma incrível experiência de férias. Os ecovoluntários são de diversos países e a idade não influi em nada, basta ter mais de 18 anos. Porém é válido lembrar que a contribuição financeira e física é necessária para alguns trabalhos.

Os lugares escolhidos para os ecovoluntários irem são de acordo com os costumes e hábitos das pessoas, pois a viagem pode ser para lugares de climas e culturas totalmente diferentes do que o costume da maioria.

O trabalho voluntário ambiental pode ser feito por qualquer pessoa. Cuidar de uma árvore, salvar animais ou até mesmo organizar palestras já são atos de ajuda. Dedicar um pouco do tempo não é pedir muito, é ajudar a salvar o planeta.

Informações:
http://www.br.ecovoluntarios.org/
Foto:
http://www.legiaolandrover.com/ArticleView.asp?article_id=45

Envelhecendo saudavelmente

Por Leandro Carneiro

A Organização das Nações Unidas (ONU) recomendou que idosos realizem o trabalho voluntário. Segundo a organização, realizar atividades do tipo, na terceira idade, causa uma força de desenvolvimento e um envelhecimento ativo, porém parece que nem todos sabem disso em nosso país, ou se sabem não seguem.

Em São Paulo, apenas, 27% das pessoas idosas realizam trabalho voluntário, segundo pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP). O estudo envolveu 2.143 idosos da cidade, que representam o Brasil no Projeto Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento (Sabe), da Organização Panamericana de Saúde (Opas).

O pior de tudo destes dados é que 22,6% realizam trabalho voluntário de forma indireta por meio de doações e apenas 4,4% o fazem de modo direto através de prestações de serviço.

Os dados da pesquisa também mostram que a maioria dos “jovens experientes” são mulheres e que mais da metade tem baixo nível educacional, estudo somente até a 4º série.

Em nosso país, existem, apenas, 3% de organizações que promovem e organizam trabalhos para beneficiar idosos. Portanto é necessário que a política pública atue mais no incentivo ao trabalho dos nossos jovens velhinhos.


Fotos:

http://www.corporeus.pt/corporeus/BackOffice/Documentos/Informacoes_Imagens/idoso.jpg

http://www.portaldovoluntario.org.br/press/uploadResize/112922566650.jpg

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Profissionalismo no Voluntariado

Por Danilo Lavieri Ribeiro

A maioria das entidades beneficentes no Brasil ainda são muito pequenas, e não têm programas de voluntariado.

Para ser voluntário você pode ser jovem, adulto, idoso, com primeiro grau incompleto, com pós graduação, basta você querer.

No site http://www.voluntarios.com.br/, existem 4850 entidades cadastradas dispostas a receber a ajuda e você pode pesquisar e ser um deles, ajudando na área que mais o agrade.

Não desista caso a primeira não atenda suas expectativas. Vá em frente, afinal muita gente precisa da sua ajuda. Caso dê certo, parabéns, você estará ajudando alguém que precisa da sua solidariedade.

Seja humilde. Ajudar alguém não significa que receberá ‘paparicos’. Você também não estará isento de críticas. Afinal, trabalho voluntário é como qualquer outro, exige profissionalismo igual ou até maior do que qualquer outro trabalho.

Não espere palmas pelo seu trabalho e, muito menos, pela sua inércia social. Para ganhá-las arrisque e tente algo que pode fazer o próximo feliz, mas lembre-se, seja “profissional”.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Voluntários buscam a democratização do ensino

Por Everson Garcia

Incluir os negros (em especial) e os pobres (em geral) nas faculdades, principalmente nas universidades públicas, é hoje o grande objetivo do Educafro (Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes).

O projeto Educafro nasceu na Bahia com a missão de promover um curso pré-vestibular, oferecendo aos jovens negros da periferia de Salvador uma oportunidade de entrar na faculdade.

Para frei David Raimundo dos Santos, um dos coordenadores, ao expandir o projeto para outras periferias do Brasil, cresceu também a sua finalidade. “Percebeu-se que não bastava ser uma rede de cursinho pré-vestibular. Havia a necessidade de ser um mutirão que buscasse, junto com outros movimentos já existentes, favorecer a democratização da educação no país.” Afirmou o religioso franciscano.

Hoje, o Educafro possui 255 núcleos e conta com mais de 3.700 voluntários entre colaboradores, professores e coordenadores.

“Ninguém que trabalha no projeto recebe. Os espaços são emprestados por igrejas, escolas ou sociedades de amigos de bairros. A colaboração financeira que pedimos é de R$35,00 e serve para reproduzir as apostilas e manter as salas de aula.” Contou Raphael Brito da Silva que cursou o Educafro e hoje como universitário é voluntário lecionando História.



Saiba mais em: http://www.educafro.org.br

domingo, 9 de setembro de 2007

Doando Vidas

Por Júlia Rodrigues

Existe uma ação voluntária muito conhecida, mas pouco praticada: Doar sangue. Este ato é, talvez, o mais simples e mais eficaz de ajudar alguém que realmente precisa.

Conforme pesquisas realizadas no ano 2000, menos de 2% da população brasileira doava sangue regularmente. Esta quantia não é suficiente para manter os estoques dos hemocentros. Segundo parâmetros da OMS (Organização Mundial da Saúde), são necessários que de 3% a 5% da população de cada país seja doador fiel, ou seja, doar mais de duas vezes ao ano.

Muitas pessoas têm receio quanto aos cuidados tomados pelos hospitais na hora da doação. A Anvisa, órgão responsável pelo gerenciamento e fiscalização de sangue e hemoderivados em todo país, garante que todo material utilizado na hora da coleta é descartável, e que não há nenhum risco de contaminação.

Devido ao período de férias, o final do ano é a pior época para quem precisa de sangue. A quantidade de doadores diminui neste período e o número de acidentes aumenta, o que significa um efetivo esvaziamento dos estoques nos bancos de sangue.

Ser doador é muito fácil. Basta ter idade entre 18 e 60 anos; ter peso acima de 50 quilos; ser saudável; ter dormido normalmente no dia anterior; não estar em jejum. As mulheres podem doar sangue a cada três meses, e os homens a cada dois meses.

Foto: www.soudobem.org

Jovens voluntários

Por Paula Ramos

Desde pequena estudei em colégio de padres jesuítas. Aprendi muito cedo os valores da religião católica, e essas crenças foram transmitidas para mim de várias formas. Uma delas era o trabalho voluntário oferecido pela escola. Foi lá que tive meu primeiro contato com asilos e creches carentes. Passar uma tarde fazendo companhia a essas pessoas era motivo de orgulho pessoal. Nada se comparava à sensação de estar fazendo o bem.

Mas passado os primeiros meses de atividades, os estudantes se entediavam da solidariedade. Ficar dormindo em casa era, e creio eu que ainda é, muito mais interessante. Os jovens de hoje pouco se envolvem e têm interesse pelo trabalho voluntário. A maioria sabe que a ação é necessária, mas poucos a praticam.

A juventude de hoje movida por ipods, vídeo-games, televisão e celular precisam sair um pouco do seu “mundinho” e conhecer realmente o que é o mundo. Talvez nasça em alguns, o interesse de ajudar, e em outros a certeza que ficar em casa é a melhor opção. Mas nunca é tarde para mostrar a esse jovens que a sociedade clama por ajuda.

sábado, 8 de setembro de 2007

Educação Voluntária

Por Natascha Ariceto

O que pode fazer um voluntário?
No endereço eletrônico Portal do Voluntário surgem várias oportunidades para quem quer ajudar, mas ainda não sabe como. Um anúncio que me chamou a atenção vem do bairro Fonseca, em Niterói, Rio de Janeiro.

O grupo está à procura de estudantes universitários e professores de matemática e português que possam ajudar a montar um curso pré-vestibular comunitário. Este será destinado a adultos, crianças e terceira idade. O projeto é ligado ao Centro Comunitário e Educacional da LBV (Legião da Boa Vontade), que conta com filiais por muitos estados brasileiros. Tem como objetivo acabar com a desigualdade e pobreza em busca de maior responsabilidade social.

O anúncio foi publicado no site na última quinta-feira e suas inscrições estão abertas até novembro. Se não fosse no Rio, aposto que você, assim como eu, se candidataria. Cabe a nós interessados procurarmos outras entidades e organizações que promovam esses trabalhos. O que não falta são pessoas precisando de ajuda, além do estímulo ao estudo que o projeto propõe.

Para maiores informações acesse o site: http://www.portaldovoluntario.org.br/busca_oportunidade.php

"Coisa simples e muito importante"

Por Vinícius Souto


Elizete dos Santos, professora da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de São Paulo) e aluna do curso de pedagogia da Faculdade Anchieta (SBC), realiza trabalho voluntário há 4 anos. Ela e o marido, Amaury dos Santos, visitam favelas a fim de contribuir com a formação de jovens carentes. O Jornal do Voluntário foi ouvir um pouco dessa experiência:

JV – Como funciona o trabalho?
Elizete – Vamos aos adolescentes, sentamos em roda e conversamos sobre assuntos importantes, mas que a realidade faz deixar de lado. Levamos cartazes, camisinhas, explicamos sexualidade e o mundo de trabalho.

JV – Qual a sensação?
Elizete – A melhor possível. Bom para eles, que são ouvidos, recebem um conforto emocional. Bom para nós, que voltamos melhores após cada visita. Percebemos que há resultado. A ajuda não se resume ao aspecto material, querem diálogo. Coisa simples e muito importante.

JV – Como os jovens reagem?
Elizete – Eles tem entre 14 e 16 anos, os hormônios estão à flor da pele. São atacados pelo tráfico, pela promiscuidade e pela falta de orientação. Quando ouvem alguém de fora, com escala de valores diferente, prestam atenção, sentem-se bem. Ainda convidam amigos para os próximos encontros.
Foto: www.ikophotos.com

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Voluntariado Ambiental

Por Débora Alfano


Em tempos em que ouve-se muito falar em aquecimento global e destruição do meio ambiente, é válido considerar outro tipo de voluntariado: o ambiental. Esse tipo de trabalho possibilita efetivamente a melhoria da vida do planeta.
Os voluntários ambientais podem, entre outras iniciativas:

cuidar de uma árvore;
resgatar e recuperar animais atingidos por acidentes ecológicos ou aqueles abandonados na rua;
organizar e participar de mutirões ecológicos de limpeza e recuperação de ecossistemas e áreas de preservação degradados;
realizar palestras sobre o tema;
viabilizar soluções para problemas ambientais.
Para ajudar o meio ambiente, além de vontade e tempo, é necessário competência e qualidade técnica. As iniciativas devem ser submetidas a um método, com prazos, portanto é preciso dedicação e seriedade.

Assim, o voluntariado não resume-se apenas à assistência a pessoas carentes ou mais vulneráveis, mas abrange inúmeras ações de cidadania em diversas áreas. A ambiental é, apenas, mais uma delas.


Foto:http://atuleirus.weblog.com.pt/arquivo/floresta.jpg

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Clube do voluntariado

Por Henrique Cabral Rodriguez

Essa pode ser a definição para o Rotary. Um clube voltado para ajudar o próximo através de trabalhos sociais em diversas áreas. O Rotary surgiu em Chicago, no EUA em 1905, e a partir daí só cresceu e se espalhou pelo mundo todo com o intuito de reunir comerciantes, profissionais liberais e homens de negócio em um clube aonde relações profissionais pudessem se tornar amizades pessoais.

Pelo mundo todo existem cerca de 31 mil rotarianos, só no Brasil são 2200. Os Rotary é, basicamente, uma organização voltada para o objetivo de compreensão e concórdia universal. Para isso, os rotarianos procuram ajudar em comunidades carentes e etc. com trabalhos sociais de diversos tipos. Mas o trabalho social do Rotary não para por aí. Pelo mundo todo há um esquema de intercâmbios feito pelo clube. O esquema funciona da seguinte maneira: o jovem faz uma prova e, dependendo do seu resultado, é mandado para o país que preferir para passar um ano estudando fora, morando em casa de rotarianos. A única despesa do jovem é com as passagens para o local escolhido. Quanto a casa, comida, a família rotariana paga.

Além disso, no mundo todo há faculdades rotarianas, aonde, para ser aprovado, o estudante tem que cumprir uma certa quantidade de horas de trabalhos sociais.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Faça o bem você também

Por Leandro Carneiro
Ser voluntário não é, apenas, ajudar os outros por livre espontânea vontade. Um voluntário hoje pode trazer alegria para crianças carentes, companhia para idosos abandonados, sorriso para os doentes. Muito mais que isso. Uma pessoa que ajuda as outras sem beneficio algum com um único pensamento, o de melhorar a vida de alguém. Ajudar o próximo sem querer tirar lucro disso.

Para a ONU, “o voluntário é o jovem ou adulto que, devido a seu interesse pessoal e seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividade, organizadas ou não, de bem estar social, ou outros campos...”.

Em um mundo que ninguém tem tempo, devem ser destacadas as pessoas que doam um pouquinho de seu dia para fazer uma ação cidadã. Doar um pouco de felicidade, carinho e amor para quem precisa. Dar a uma pessoa carente o que lhe é necessário. Ficar feliz fazendo o próximo feliz, ao saber que o pouco que você doou para ele foi o suficiente para agradar alguém que precisava.

Para ser um voluntário basta você ter disposição para fazer pessoas sorrirem e crescerem na vida. A ajuda não precisa ser dada em dinheiro, o mais importante de ser voluntário é você fazer o bem de coração. Após uma ajuda voluntária, ninguém tem dúvida que o prazer de ver um sorriso vale mais que qualquer dinheiro.

Ser voluntário é ajudar a viver

Por Daniele Caldeira

O Centro de Valorização da Vida, mais conhecido como CVV, é uma entidade sem fins lucrativos e seu principal objetivo é a prevenção de suicídios. As pessoas voluntárias prestam apoio às que necessitam, normalmente solitárias, sem vontade de viver e com problemas emocionais.

Existem 57 postos do CVV no Brasil todo e atendem ligações 24 horas por dia. São aproximadamente 2500 voluntários que colaboram. Costuma-se dizer que os atendentes não são profissionais, como psicólogos, professores ou médicos, são apenas voluntários. E para poder fazer parte basta ter 18 anos e ter 4 horas semanais disponíveis para ajudar.

Para as pessoas se comunicarem e terem apoio dos voluntários, podem enviar correspondências, comparecer pessoalmente ou ligar para os postos.

O Centro de Valorização da Vida faz também outras atividades beneficentes, como no Hospital Francisca Júlia, que há a colaboração para doentes mentais sem recursos.

A colaboração não é complicada e não exige muito. Ouvir desabafos é algo que todos podem fazer. Basta escutar atentamente aos problemas e sentimentos das pessoas e ajudá-las a sair da solidão, que normalmente é o problema que mais existe.

Foto:
http://www.terra.com.br/planetanaweb/flash/reconectando/agrandeteia/suicidio.htm
Informações sobre o CVV:
http://www.cvv.com.br/

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Comida Italiana com sabor de solidariedade

Por Danilo Lavieri Ribeiro

Acabou, nesse último fim de semana, a Festa de Nossa Senhora Achiropita. Quem pensa que o trabalho está terminado, está muito enganado. São cerca de 950 voluntários que trabalham, antes, durante e depois do tradicional evento italiano, que acontece na Bela Vista, na Rua 13 de Maio, durante o mês de agosto.

Lembrancinhas, salgados e doces, todos italianos, são vendidos na festa que reúne cerca de 6 mil pessoas por dia. Toda a renda é revertida para trabalhos sociais que são amparados pela Igreja.

Em entrevista feita com os voluntários Miguel Lavieri Neto e Magda Campione Lavieri, envolvidos desde 1974 no projeto, descobri que o dinheiro mantém as obras sociais da Igreja. São elas: A Creche Mãe Achiropita, que ajuda cerca de 180 crianças de 0 a 6 anos; O Centro Educacional Dom Orione, que atende 450 crianças e adolescentes, dando a eles uma vida digna; O Espaço Social Achiropita, que recolhe moradores de rua; e o Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos, cujo nome é auto-explicativo.

Além disto, a Casa Dom Orione ajuda cerca de 80 idosos, que recebem carinho e atenção. Sem contar os serviços de todos os tipos, desde psicológicos até odontológicos, que são prestados a estas instituições.

Atitudes como esta são essenciais para o bem estar geral da sociedade, mas são apenas o começo para uma vida melhor para todos, dos que ajudam e, principalmente, dos que são ajudados.

Parabéns pela 81ª festa da Nossa Senhora Achiropita!!

Informações: http://www.achiropita.org.br/ e telefone 31052789

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Ajudar o próximo é aproximar-se de Deus

Por Everson Garcia

Facilmente podemos notar a influência que a fé ou a busca espiritual tem sobre a decisão que leva muitas pessoas trabalharem voluntariamente.

Quer de modo indireto, simplesmente por entender que servir ao próximo é aproximar-se de Deus, quer de forma direta na participação de ações sociais que levam o nome de sua instituição. Assim, muitos católicos, evangélicos, espíritas, umbandas, candomblés e outros grupos de menor expressão (mas não menor esforço e dedicação em suas atividades) permeiam o Brasil com diferentes crenças, mas com um objetivo comum: a solidariedade.

Dentre os vários exemplos que poderíamos citar, destacamos três: O primeiro, trata-se do “Projeto Axé” que, embora tenha sido criado pelo italiano Cesare de Florio La Rocca, caminha hoje graças à colaboração voluntária dos adeptos do candomblé junto às crianças de Salvador – BA.

Outra referência em filantropia no Brasil são as “Casas André Luiz” que cuidam de crianças órfãs e abandonadas. A obra é mantida e administrada por um grupo de espíritas que prestam serviços espontaneamente.

Um terceiro exemplo é a “Pastoral da Criança”. Projeto idealizado pela Dra. Zilda Arns Neumann, possui quase 150 mil voluntários católicos que lutam para erradicar a desnutrição infantil no Brasil.

Fotos:
www.terranuova.info
www.fazendatamandua.com.br

domingo, 2 de setembro de 2007

...e viveram felizes para sempre!

Por Júlia Rodrigues

“Era uma vez...” Essa é, talvez, a frase mais esperada por muitas crianças e adolescentes que estão em hospitais públicos. A presença dos Contadores de História nos leitos hospitalares, além de levar alegria, ajuda na recuperação dos pacientes.

A Associação Viva e Deixe Viver existe há dez anos e conta com a participação de mais de 760 voluntários que dedicam cerca de 1 hora semanal às crianças e adolescentes encontradas nos hospitais em sete estados brasileiros e nos Estados Unidos. Toda semana os voluntários alegram o dia dos pacientes com muitas fadas, princesas, heróis e bandidos. Além de contar histórias, os integrantes do Viva e Deixe Viver, promovem festas com peças de teatros, esculturas de bexigas e gincanas para as crianças carentes.

A Contadora de História Maria Gorete, 45, diz que entrar para a associação foi uma das melhores coisas que já fez. “Troquei meus calmantes pelo sorriso daquelas crianças". Ser um voluntário do Viva e Deixe Viver não é fácil. O processo de seleção dura cerca de um ano, e conta com a avaliação de psicólogos, psiquiatras, profissionais de recursos humanos e pedagogos, tudo isso para garantir que o trabalho seja feito com qualidade.

Quem tiver interesse em participar, basta acessar o site
www.vivaedeixeviver.org.br e saber mais sobre as diversas formas de ajudar.

Doe sua vida: seja um voluntário

Por Paula Ramos

Nos últimos anos, o número de homens, jovens e empresários, que aderiram ao trabalho voluntário, aumentou bastante. É o caso da AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente). “Hoje diferentemente do que acontecia há alguns anos, cerca de 30% dos 1 700 voluntários que fazem parte da associação são homens e a maioria executivos de grandes empresas”, comenta o presidente da AACD, Eduardo de Almeida Carneiro, contestando a idéia de que o voluntário é geralmente uma pessoa sem atividade fixa, que procura algo para ocupar o tempo.

Há ainda quem dedique muitos anos de sua vida, doando seu tempo e trabalho, aos mais necessitados sem receber nada em troca. Maria Lisa e Lisa, de 74 anos, voluntária no Hospital Ipiranga há 20 anos, é um desses exemplos de solidariedade. A aposentada durante toda a vida se preocupou com o outro e não se arrepende. “Deus nós dá tudo, por isso temos que dar também um pouco do nosso trabalho aos que precisam”. Ela ressalta ainda que a recompensa pode vir de várias maneiras, desde uma lágrima a um sorriso de seus pacientes. “Por tudo que faço, Deus me protege descaradamente”, conclui em tom de brincadeira.





Foto cedida pela AACD

sábado, 1 de setembro de 2007

Mais um motivo para ser voluntário


Por Natascha Ariceto

Você sabia que o trabalho voluntário pode ajudar a conseguir um emprego?
A acirrada disputa para entrar no mercado de trabalho torna os processos seletivos de admissão cada vez mais detalhistas, buscando diferenciais nos candidatos. Aliado a demais qualificações o voluntário ganha destaque e tem maiores possibilidades de ascensão nas empresas.

Funcionários voluntários são mais pacientes e trabalham melhor em grupo. Também estão sempre a disposição para solucionar problemas e colocar opiniões em benefício do todo. Assim, são amplamente cogitados para cargos de chefia e gerência, com grandes deveres e responsabilidades. Para quem ainda não trabalha, mas participa de projetos sociais, deve incluir o dado no currículo. Uma matéria divulgada no site do Grupo Foco de recursos humanos de Campinas, SP, traz dicas de primeiro emprego e cita o voluntariado como informação adicional necessaria.

Não apenas para incrementar o currículo, ser voluntario é uma experiência pela qual todas as pessoas deveriam passar. O crescimento pessoal e até profissional a partir do trabalho modela nossa visão individualista em relação a sociedade. Desenvolver habilidades em grupo e ajudar o proximo é responsabilidade social, que cabe a todos nós.

Grupo Foco - recursos humanos:

Profissão voluntário

Por Vinícius Souto

Pesquisava sobre trabalho voluntário. Iniciativas, grupos de apoio, histórias interessantes. Em um site, que se propõe a servir de ferramenta para “encontrar informações sobre o voluntariado no Brasil”, existe um campo de pesquisa onde é possível delimitar uma área de atuação. A finalidade: localizar profissionais dispostos à solidariedade.

Engenheiros, vendedores, estudantes, músicos, entre outros, estão todos ali. Disponibilizam dados pessoais. Por meio de um comentário expõem habilidades e sentimentos, mostram o que estão aptos a desenvolver ou em que imaginam que podem ser úteis.

Um médico carioca, 57 anos, declara: “gostaria de atuar na melhoria da qualidade de vida de pessoas maduras, insatisfeitas e depressivas”. De São Paulo, um jornalista pretende trabalhar com “educação para crianças e atividades de recreação”. Estudante de Turismo define-se sem tempo e sem foco, mas faz um apelo eloqüente: “quero participar de algo, seja o que for”.

O tempo e os caracteres são escassos para divulgar as enormes demonstrações de boa vontade. Num primeiro momento foi bom saber que há gente, muitas vezes desconhecendo a melhor forma, com empenho em contribuir com uma sociedade mais justa. De pensamento humano e voluntário.


Seja voluntário: