sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Não basta doar; é preciso participar

Por Débora Alfano

Ao entrar naquela grande sala, uma infinidade de cores, jogos, bonecas, carrinhos,bichos de pelúcia inundam a visão. É díficil andar sem tropeçar em algum brinquedo ou esbarrar em uma estante com livros infantis. Loja de brinquedos? Que nada! Essa é a imagem de quem entra na brinquedoteca do CACCC (Centro de Apoio à Criança Carente com Câncer).

A entidade foi fundada para assegurar tratamento a crianças carentes com câncer em hospitais, idêntico aos pacientes conveniados ou particulares. Assim, promove a compra de medicamentos, acomodação de paciente e mãe, conforto e condições de educação e recreação com fins terapêuticos.

Essa enorme brinquedoteca só tem vida quando alguma das volutárias do CACCC destranca a sala, reserva três, quatro horas do seu dia e dispõe de zelo e atenção para fazer crianças se sentirem melhores. De nada adianta aquelas pilhas de brinquedos, se elas não têm com quem brincar.

Muito mais importante que fazer doações materiais, é doar um pouco de tempo e carinho para que estes pacientes possam, até mesmo, se recuperar mais rápido. Levar um pouco de alegria e companhia, é o que visam os voluntários dessa instituição.

quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Discrição e objetividade

Por Henrique Cabral Rodriguez

Jovens de 12 a 21 anos unidos por uma causa: ajudar pessoas. Esses são os membros da ordem DeMolay. A ordem, que é apenas para homens, é patrocinada e apoiada pela Maçonaria e cultiva os sete valores cardeais. São eles: Amor Filial, Reverência pelas Coisas Sagradas, Cortesia, Companheirismo, Fidelidade, Pureza e Patriotismo.

Essa ordem realiza seus trabalhos sob os moldes de Jacques De Molay, que foi o último grão-mestre (cargo mais alto) da Ordem dos Templários, que deu origem à Maçonaria. Ao completar 21 anos, o jovem DeMolay se torna um DeMolay sênior, e passa a acompanhar os trabalhos da ordem a partir da Associação DeMolay Alumni.

E o que esses jovens têm a ver com o voluntariado? Tudo. A ordem DeMolay ajuda em creches, comunidades carentes e etc de várias maneiras. Seja levando comida, brinquedos, ou simplesmente a presença, realizando atividades nesses locais. E a atuação da ordem DeMolay não se restringe apenas aos seus próprios projetos. Os membros ajudam também em programas do Governo Federal como o Fome Zero, por exemplo. Além disso, a Ordem DeMolay também tem iniciativas próprias. No inverno, alguns Capítulos (cada célula da ordem DeMolay é denominada Capítulo) da Ordem, saem batendo de porta em porta pedindo roupas e brinquedos para crianças carentes.

A Ordem tem 4 milhões de membros. No Brasil são 70 mil, todos com um objetivo: ajudar o próximo.

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Voluntariado empresarial

Por Daniele Caldeira

O trabalho voluntário em multinacionais é um ato que vem crescendo e mostrando um ótimo resultado. Normalmente, as empresas de grande porte têm na fundação ou no instituto o seu "braço de atuação social".

Na GM (General Motors do Brasil) existe o Instituto General Motors (IGM), que participa de um projeto social no município de Indaiatuba e tem como objetivo principal a capacitação profissional de 40 mulheres carentes, principalmente na área de costura industrial. A idéia da empresa é apoiar projetos na área educacional e na formação de mão-de-obra qualificada. Outra multinacional que também colabora nos trabalhos voluntários e cuida do meio ambiente e da comunidade social é a Mercedes-Benz.

O que ainda falta na população é um pouco mais de preocupação com o próximo. Mas a atuação das multinacionais é uma grande demonstração de ajuda. A idéia é mostrar principalmente para os funcionários a existência dessa função na empresa e a mesma ser vista com orgulho na participação de projetos sociais.

A GM e a Mercedes-Benz são apenas alguns exemplos de diversas empresas que colaboram no trabalho voluntário. Algo que pode ser feito sem muito esforço e tem o poder de transformar a vida de muitas pessoas que necessitam apenas de um pouco de solidariedade.

Foto:

Voluntários da alegria

Por Leandro Carneiro

Hoje em dia, existem muitas crianças internadas em hospitais com doenças graves. Elas não conseguem se divertir como deveriam. Para isso, os Doutores da Alegria estão em ação. Os médicos palhaços têm como objetivo visitar crianças e diverti-las com suas “besteirologias”. Eles trabalham em duplas, visitam os hospitais duas vezes por semana e permanecem por lá aproximadamente 6 horas por visita. A cada seis meses as duplas trocam de hospitais.


O projeto dos Doutores da Alegria começou em 1991 com Wellington Nogueira. O brasileiro participou de um projeto americano semelhante em Nova York. Quando saiu do projeto nos Estados Unidos, Nogueira retornou ao Brasil e resolveu criar a ONG por aqui. Atualmente, os Doutores tem sede em 3 capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro e Recife. Em média, eles realizam 50 mil visitas por ano. São Paulo foi o berço do projeto.Nos dias de hoje, os trabalhadores atuam em 8 hospitais da cidade com 29 “palhaços-médicos”.


Esse é um dos muitos trabalhos voluntários que acontecem em nosso Brasil. E vejo o trabalho dos Doutores como uma atividade que além de trazer alegria às crianças, famílias e hospitais, busca evitar as dores dos mesmos. Esses médicos fazem bem, não só para quem é tratado por eles, e sim para todos que participam e acompanham tal trabalho.

Fotos:
http://www.pucminas.br/imagedb/cultura/BSC_ARQ_IMAGE20061027165140.jpg
http://www.hcnet.usp.br/humaniza/images/icr/doutores.jpg
http://www.melhores.com.br/2003/imagens/DOUTORES02.jpg

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Uma data para refletir

Por Danilo Lavieri Ribeiro

Hoje, 28 de agosto de 2007, é Dia Nacional do Voluntariado. A data é tão desconhecida, como a ação voluntária é de algumas pessoas. Atualmente, no mundo em que só o dinheiro é importante, muitos nem pensam que ajudando os outros, está ajudando a ele próprio.


Ser voluntário é tão simples e, muitas vezes, recursos financeiros nem são necessários. Passar um dia ao lado de um órfão, de uma criança carente de atenção e de amor. Doar peças de vestuários que não estão sendo mais usadas ou um pacote de alimento. Organizar uma simples tarde recreativa. Nada disso custa caro e ajuda uma pessoa necessitada, sem contar a gratidão de ter ajudado alguém que precisa.

É preciso lembrar, sempre, que o trabalho voluntário é importante, mas não é solução, e sim o começo de um futuro melhor. Não basta ajudar doando roupas, se na hora de engajar-se politicamente, contra a corrupção, o voluntário se esconde atrás de uma ação passada. O trabalho social faz parte de um conjunto de práticas que a sociedade deveria adotar se pretende ver um presente e um futuro melhor.

FOTOS:

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Voluntário: servir e conscientizar

Por Everson Garcia

Os trabalhos voluntários, quer vinculados a uma ONG, a uma instituição filantrópica ou um grupo de ação específica, revelam-se hoje uma alternativa de engajamento social.

Ser voluntário sem laços empregatícios, mas com o mesmo profissionalismo que exigem as grandes empresas simplesmente por acreditar em algo ou querer ajudar alguém é um pensamento contraditório em uma sociedade neoliberalista.

Nos últimos 15 anos, com a abertura do mercado nacional para uma maior participação das multinacionais, cresceu no país a mentalidade individualista. Neste período, é estranho notar o número relevante das instituições do terceiro setor que surgiram e com elas e os voluntariados.

Se por um lado esta procura é rica, pois desvincula o servir da necessidade financeira e reforça a visão do trabalho como realização pessoal e colaboração social. Por outro, há o perigo do voluntário apenas ser uma presença paliativa às realidades específicas como se elas fossem desconectadas das conjunturas sócio-político-econômicas nacionais e internacionais.

Isso não significa que é inútil a participação em projetos sociais, ecológicos ou solidários, mas que esta terá um resultado maior se também levar a cidadania.