segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Voluntário: servir e conscientizar

Por Everson Garcia

Os trabalhos voluntários, quer vinculados a uma ONG, a uma instituição filantrópica ou um grupo de ação específica, revelam-se hoje uma alternativa de engajamento social.

Ser voluntário sem laços empregatícios, mas com o mesmo profissionalismo que exigem as grandes empresas simplesmente por acreditar em algo ou querer ajudar alguém é um pensamento contraditório em uma sociedade neoliberalista.

Nos últimos 15 anos, com a abertura do mercado nacional para uma maior participação das multinacionais, cresceu no país a mentalidade individualista. Neste período, é estranho notar o número relevante das instituições do terceiro setor que surgiram e com elas e os voluntariados.

Se por um lado esta procura é rica, pois desvincula o servir da necessidade financeira e reforça a visão do trabalho como realização pessoal e colaboração social. Por outro, há o perigo do voluntário apenas ser uma presença paliativa às realidades específicas como se elas fossem desconectadas das conjunturas sócio-político-econômicas nacionais e internacionais.

Isso não significa que é inútil a participação em projetos sociais, ecológicos ou solidários, mas que esta terá um resultado maior se também levar a cidadania.

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