domingo, 7 de outubro de 2007

Alimentação e Companheirismo

Por Júlia Rodrigues

Quando o relógio marca 11h, cerca de 184 idosos moradores da região central de São Paulo começam a ficar ansiosos. Graças ao “Apoio Socioalimentar”, parceria entre a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social e a Instituição Beneficente Israelita, eles recebem refeições em casa de segunda à sexta-feira.

As refeições são entregues entre as 11h e as 14h. E não é só pelo sabor da comida ou pela variedade do cardápio que os idosos aguardam. Eles esperam com muita ansiedade pelo companheirismo oferecido pelos voluntários que fazem a distribuição das refeições. A visitadora e voluntária Ilza Cardoso, 43 anos, conta que 'Apesar da pressa para entregarmos tudo a tempo, não é só deixar a comida e ir embora. Sempre dou um sorriso ou uma palavrinha de carinho'.

Essa palavra de carinho faz a diferença para as pessoas visitadas. José Waldir Santos Moraes, 76 anos, que mora sozinho na Barra Funda conta que desde que perdeu a mulher e os dois filhos, não se alimenta direito, pois além de não ter vontade, não tem talento com as panelas. José revela que até as duas gatas que moram com ele se agitam quando os voluntários chegam.

O projeto teve início em 2003 e foi ampliando-se. O custo para manter os idosos chega a R$ 179 mensais. A secretaria espera expandir o programa pra a Mooca, zona leste, ainda este ano. Entre os critérios para participar do projeto estão a situação financeira e os problemas de saúde do idoso.

Fonte: Estadão

Quanto vale sua ação?

Por Paula Ramos

Explicar o que é trabalho voluntário é fácil. Disseminar as inúmeras ações que ocorrem pelo Brasil afora também é fácil. Difícil é medir o quanto vale uma ação voluntária ou o grau de importância disso para uma criança ou para um idoso.

Não sei se existem estatísticas ou números que representem isso, mas sei que se existir não significa nada.

A meu ver, a preciosidade do que um voluntário faz está no que ele irá receber: um sorriso, um abraço, uma lágrima. Isso sim é o verdadeiro valor de um trabalho voluntário. Porque são atitudes assim que enchem o coração de um voluntário de alegria e satisfação. O valor dessas ações só podem ser medidas por que as executa e por quem as recebe.

A sociedade se preocupa muito em divulgar que ações assim são necessárias para que o futuro do País mude e para que as diferenças sociais diminuam. Mas na hora de ajudar são poucos os que estão dispostos a se sacrificar. Por isso ínsito mais uma vez que só os envolvidos diretamente no trabalhão voluntário é que podem palpitar sobre a sua importância e valor.

sábado, 6 de outubro de 2007

12º Dia Global do Voluntariado

Por Natascha Ariceto

Uma iniciativa da Prudential Financial, empresa de seguros de vida, reúne mais de 32 mil pessoas em diferentes países na festa de promoção e incentivo ao trabalho voluntário. “É uma iniciativa que há mais de dez anos tem emocionado e encantado a todos que participam. Saímos sempre melhores”, disse Bill Yates, presidente da Prudential do Brasil, em matéria publicada no Portal do Voluntário.

Realizado pela primeira vez em 28 de outubro de 1995, o Dia Global contou na época com 5 mil funcionários que participaram de 100 projetos sociais. Atualmente ela é tão grande que atinge outros continentes além do norte americano, onde fica a sede da empresa.

É de uma mobilização assim que o Brasil precisa. Segundo o site Voluntários, estima-se que 54% dos jovens no país queiram participar de projetos, mas não sabem sequer como começar. Já nos Estados Unidos, 64% dos adolescentes são voluntários, contra 7% brasileiros.

Outro número curioso está relacionado ao valor de contribuições. De acordo com dados do Imposto de renda, dentre os 5 milhões pagantes apenas 23 reais por ano é destinado a doações. Não podemos comparar essa quantia com outros países, pois sabemos da condição financeira do povo brasileiro. Mas é pouco e falta divulgação.

Fonte:

Estatíscas do site Voluntários

Portal do Voluntário

Pseudo revolução

Por Vinícius Souto

Luci Praun, mestre em sociologia pela Unicamp, não acredita na legitimidade do trabalho voluntário da maneira como está constituído. Afirma que é mais uma forma de “acalmar consciências intranqüilas”.

Na sua opinião, poucas pessoas são voluntárias porque acreditam na proposta social de melhorar outras vidas. Afirmou que a maioria busca esse tipo de ocupação pela “pressão” que sofrem de empresas e da mídia. “Querem melhorar o currículo, conseguir um emprego fixo”.

A professora não descarta a possibilidade de o trabalho voluntário ser um mecanismo de exploração social. “Alguém vai, produz e tem a falsa sensação de conforto num mundo desconfortável”. Explica, ainda, que a ação não tem nada de revolucionária, pois não muda efetivamente a estrutura.

O emprego de dinheiro público pelas ONGs é outro fator que causa descontentamento em Luci. “Por que o próprio Estado não investe na educação, em assistência? Há um grande fluxo de dinheiro mal aproveitado”.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

"Enquanto houver amor, haverá voluntários"

Por Débora Alfano

Em uma de suas entrevistas semanais, o Itaú Voluntário, aqui já citado, mostrou a expêriencia de um voluntário que é deficiente auditivo e ensina LIBRAS – Língua Brasileira de Sinais.
“Todas as pessoas que têm contato com surdos procuram o curso: pais , amigos de surdos, profissionais, etc", diz Paulo Pedro, que ensina essa língua há 17 anos.

Ele conta que decidiu se tornar um voluntário quando fez sua primeira corrida no Rio, em 1998. Levava água para dar de beber aos atletas que estavam esgotados e sempre recebia agradecimentos calorosos na chegada. “Assim, foi nascendo em mim um espírito de voluntário porque sentia uma vontade enorme em ajudar as pessoas. E até hoje é assim no meu trabalho”,diz.

Além desse trabalho, no seu perfil também constam outras duas ações desenvolvidas por ele, a Equipe de Deficientes e Corrida dos Surdos. Esses eventos arrecadam alimentos e divulgam a cultura Surda , sem contar o importante papel de inclusão social que exercem.

Paulo Pedro é um bom exemplo a ser seguido. Finaliza a entrevista dizendo que os voluntários são pessoas que amam. “Enquanto existir amor, também existirá voluntários. Só poderemos mudar o mundo fazendo o bem."

Para conferir a entrevista na íntegra acesse: www.ivoluntarios.org.br/site/pagina.php?idconteudo=844

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Lutando por solidariedade

Por Henrique Cabral Rodriguez

Retirar jovens das ruas e lhes dar disciplina através da luta. Esse é o objetivo do projeto Operação Kick Boxing, que é coordenado pela FEBAM, Federação Baiana de Artes Marciais e Esportes de Combate.

O projeto, que funciona no Colégio Duque de Caxias e na Escola Divino Mestre, ambos em Salvador, visa tirar adolescentes, crianças e até mesmo adultos das ruas e lhes dar apoio social e disciplina através do ensinamento do Kick Boxing.

A iniciativa também visa dar oportunidade dos formados exercerem uma profissão, ou até mesmo se profissionalizar nas artes marciais. Outro objetivo do projeto é dar valores morais aos beneficiados, através do que prega a filosofia das artes marciais: disciplina, determinação, respeito, honra, solidariedade, união e fraternidade.

O idealizador do projeto é o professor de Kick Boxing Uanderson Carvalho, que é faixa preta na arte marcial. Os outros professores do projeto são todos voluntários e alguns são formados pelo professor Uanderson. Iniciativas como essa integram a sociedade carente do local e são cada vez mais necessárias para integrarem o Brasil todo.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Ajuda de outro mundo

Por Leandro Carneiro

As Casas André Luiz é uma instituição sem fins lucrativos e se dedica há 56 anos ao atendimento a pacientes portadores de deficiência mental e múltipla. Nos dias atuais, a instituição atende 630 pacientes internos e mais 800 em sistema ambulatorial.

A história da instituição se iniciou em torno de João Castardelli, que viveu apenas 23 anos, de 1920 até 1943. Fiel seguidor do Espiritimos, Castardelli sempre reuniu pessoas em sua casa para realizar um Evangelho no lar.

João um ano após sua morte começou a se manifestar nas reuniões que antigamente participava e seu Pai, o senhor José Castardelli, após as manifestações de seu filho, resolveu construir o Centro Espírita Nosso Lar e começaram a fazer reuniões abertas ao público.

No fim do ano de 1954, a casa começou a receber agasalhos, alimentos e outros artigos de uso pessoal para pessoas carentes. E após 4 anos, foi fundada a primeira Casa André Luiz com o objetivo de receber crianças órfãs.

E nessas pequenas atitudes que vemos grandes projetos crescerem. Uma pequena ajuda voluntária hoje, pode trazer milhões de sorrisos amanha.

Para mais informações: Casas André Luiz