sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Voluntário por interesse

Por Paula Ramos

Dando seqüência às matérias de trabalho voluntário no exterior, o Jornal do Voluntário conversou com o jornalista Aloísio Hildenchi, 28 anos, que passou 1 ano nos Estados Unidos, trabalhando gratuitamente em uma instituição de crianças com síndrome de down.

“Ajudar no Brasil já é difícil, imagine em um país em que você não conhece ninguém”, afirma o jornalista, explicando ainda que foi para os EUA para aprender inglês e como não tinha dinheiro, arranjou como solução ajudar essa instituição, pois lá recebia alimentação e moradia.

Ao me confrontar com esse depoimento, me questionei sobre algumas coisas. Ajudar os mais necessitados seja ele brasileiro ou não sempre é uma atitude digna de reconhecimento, porém usar isso como desculpa para sobreviver em um lugar desconhecido, para mim é totalmente inaceitável.

Muitos jovens, assim como Aloísio, ao chegarem no Brasil abandonam o trabalho voluntário e voltam a suas atividades normais, prova que a função exercida no exterior era altamente interesseira. Creio que atitudes como essa são freqüentes entre as pessoas que almejam morar no exterior.

Resta saber se a solidariedade interesseira é tão aceitável e boa como a que é feita de coração.

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