domingo, 16 de setembro de 2007

Voluntário sim, escravo não!

Por Júlia Rodrigues

Aos 15 anos decidi ser voluntária em uma escola para crianças com deficiência mental que é mantida pelo estado. Acredito que foi um dos piores erros que já cometi. No começo eu estava adorando, era muito gratificante ver o bem que fazia àquelas crianças, mas depois se tornou um pesadelo.

Como eu amava o que fazia, os diretores da escola perceberam minha boa vontade em ajudar e começaram a me incumbir de outras funções. Foi aí que meu problema começou. A minha intenção era fazer companhia às crianças, mas com o passar do tempo, a última coisa que eu fazia era brincar com elas. Comecei a varrer, lavar a louça e até banheiros!

No início eu não me sentia incomodada em fazer esse tipo de serviço, afinal já que eu estava ali para ajudar, tinha que fazer de tudo. Mas, depois senti que estavam explorando a minha boa vontade e comecei a pesquisar sobre as funções do voluntário. Segundo a ONU, "voluntário é o jovem ou adulto que, devido a seu interesse pessoal e seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remuneração alguma, a diversas formas de atividade, organizadas ou não, de bem estar social, ou outros campos..”. Decidi sair daquela escola, pois já não me sentia bem lá.

Tudo que fazemos na nossa vida tem que ser feito com gosto, se o que você estiver fazendo não o agrade, ESQUEÇA! Sua ação voluntária será prejudicial a você e aos que estão a sua volta.


Fonte:

Nenhum comentário: